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Presidente do BB fala sobre a privatização do banco e parcerias internacionais

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, foi o convidado da ACRJ para o Almoço do Empresário, nesta sexta (25/10) e falou, entre outros assuntos, sobre a privatização do BB. “É uma opinião minha, não é uma opinião de governo e muito menos teria o respaldo de toda a classe política, mas eu acho que em algum momento a privatização do Banco do Brasil será inevitável”, afirmou Novaes.

Segundo o presidente do BB, uma empresa pública não consegue acompanhar o ritmo das novas tecnologias. ”Fica muito difícil em uma instituição ligada a governos acompanhar esse ritmo. Competimos com uma espécie de bola de ferro na canela”, explicou”. 

De acordo com Rubem Novaes, o banco é extremamente eficiente, mas esse problema terá que ser enfrentado no futuro. A expectativa dele é que o governo e a classe política entendam, apesar de achar que as pessoas acreditam que a presença do governo no mercado de crédito é importante e que o papel do BB na agricultura não possa ser substituído por bancos privados. Para Novaes, todos os mecanismos de indução para o crédito rural podem ser usados de maneira generalizada. 

Ele adiantou que o BB tem interesse em privatizar tudo o que não seja seu negócio principal e que até 7 de novembro será assinada a parceria com a instituição suíça UBS na área de investimento e corretora.  A empresa global de serviços financeiros ficará com mais de 50% do capital. O presidente do BB anunciou também que está em andamento outra parceria, desta vez para a área de asset management (gestão de ativos) com uma grande empresa de administração de ativos internacional. 

Ao longo da apresentação, o presidente do BB disse que as prioridades do banco são: concentração no core business e nos negócios com sinergia; alocação ótima de capital; contenção de custos; modernização tecnológica; rejuvenescimento da base de clientes e foco no cliente. Ainda comentou sobre a captação da oferta pública de ações secundárias de R$ 5,8 bilhões.

O presidente disse ainda que o crescimento do banco esse ano deverá ser de 17% a 17,5%, muito próximo dos grandes bancos privados. Ele ressaltou que o governo tem adotado medidas que vem destravando a economia, entre elas a Reforma da Previdência e o câmbio mais competitivo. “Fiquem certos que os tempos piores já ficaram para trás. Nós vamos agora começar a colher os resultados dos esforços que foram feitos e das coisas certas realizadas e que precisavam ser feitas para o país”, finalizou o presidente do Banco do Brasil.

A presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Angela Costa, comemorou a informação que os tempos ruins ficaram para trás. “Saímos daqui hoje, principalmente com sua mensagem final, sabendo que saímos do fundo do buraco e que o caminho ainda é longo, mas que nós somos persistente e vamos vencer”.