A secretária de Desenvolvimento Econômico do município de Saquarema, Paula Azem, fez uma palestra sobre a crise da mobilidade metropolitana, dia 26 de julho, durante a reunião mensal do Conselho Empresarial de Logística e Transporte, coordenada pelo presidente Eduardo Rebuzzi. Com os dados de queda na demanda em todos os modais apresentados pela secretária, Rebuzzi destacou que é fundamental ter uma atuação mais eficaz neste segmento. “Sem um transporte de passageiros eficiente, o trabalhador não chega dignamente ao seu local de trabalho e este ciclo afeta muito a economia”, ressaltou.
Segundo ele, o Conselho pode e deve atuar também junto às comissões da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e da Câmara de Vereadores e ter um papel mais ativo no tema. “Temos o poder de ecoar esses problemas junto ao legislativo e trabalhar de forma proativa nas soluções”, completou. Ele acrescentou que vai agendar uma reunião com o presidente da ACRJ, José Antonio do Nascimento Brito, para elaborar um plano de ação, inclusive buscando a parceria com outras instituições de classe. Os conselheiros decidiram fazer uma pauta com temas para solução urgente e outros para médio e longo prazo.
Paula Azem, que também é membro do Conselho e foi subsecretária de Mobilidade na Secretaria de Estado de Transportes do Rio, reiterou a importância do setor de transporte urbano para a economia da cidade e do estado, especialmente após o início da pandemia. “É preciso dar atenção para o setor que transporta diariamente milhares de pessoas, sendo fator crucial para a retomada de empregos e da qualidade de vida da população”, afirmou. Ela mostrou os dados sobre a queda na demanda nos dias úteis nos trens, metrô, ônibus e barcas, destacando este último que registrou a maior redução no mês de junho, 49% em relação ao período antes de março de 2020. Em seguida, vieram os trens da Supervia (-42%); Metrô Rio (-34%) e ônibus intermunicipal (-13%).
E também destacou a agenda da mobilidade de 2019/2021 e as ações concretizadas, entre elas, a concessão do transporte intermunicipal, o Sistema Estadual de Bilhetagem Eletrônica e a repactuação dos contratos de concessão. Segundo ela, no ano passado, no Estado do Rio, foram gastos R$ 273,9 milhões com o Bilhete Único Intermunicipal, com a maior parte do subsídio para o modo rodoviário. Finalizando sua apresentação, mostrou o atual panorama dos sistemas:
Sistema Aquaviário:
• Edital 2021 – Revogado;
• Contratação da COPPE por dispensa de licitação;
• Contrato de Concessão: 12 de fevereiro de 2023.
Sistema Rodoviário:
• Grupo de Trabalho – coordenado pela Setrans (2019);
• Proposta de TAC com o MP (2021);
• Contrato de permissão gera insegurança em todos os atores.
Sistema de Trens:
• Crise na operação (furtos e manutenção);
• Negociação acima do esperado para assinatura do aditivo do Contrato de Concessão.