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Secretário de Turismo anuncia ligação de transporte aquaviário entre Galeão e Santos Dumont na ACRJ

O anúncio foi durante seminário “Turismo e Entretenimento”, realizado pelos Conselhos Empresariais de Jovens e Turismo da ACRJ, dia 5 de maio. “A ligação aquaviária, que já existe, inclusive com piers, será feita entre os dois aeroportos. A proposta é Cocotá, estação das barcas na Ilha do Governador, virar Galeão e Praça XV virar Santos Dumont. Estamos no estudo preliminar para a partir daí transformar em projeto, ver a parte legal e depois a concessão dessa linha. Acho que até o fim do ano temos esse ciclo montado”, ressaltou o secretário de Turismo do Estado do Rio, Sávio Neves, destacando que essa iniciativa dará mais conforto aos passageiros no deslocamento de 20 minutos entre os dois destinos.
O secretário Municipal de Turismo do Rio, Antônio Mariano, também participou do evento e reafirmou o trabalho conjunto com o Estado para a elaboração de um plano estratégico, que cria uma política envolvendo o setor turístico do Rio de Janeiro. “A cidade é a melhor do mundo, tem o maior espetáculo da terra e a maior floresta urbana do planeta, entre tantos outros atrativos. A criação dessa política vai favorecer ainda mais o segmento turístico”, destacou.
No painel Carnaval: 365 dias, o subsecretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação do Município, Marcel Balassiano, enfatizou que a festa movimenta cerca de R$ 4 bilhões na economia carioca, representando um terço do que é gerado com o evento em todo o Brasil. “Carnaval é desenvolvimento econômico”, frisou.
Célia Domingues, presidente da Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil (Amebrás), explicou como funciona a indústria do Carnaval, desde quando acabam os desfiles das escolas de samba, passando pelas atividades ao longo do ano, até a realização da nova festa na Sapucaí. “O Carnaval é um evento de inclusão e reinclusão sociocultural e econômico de pessoas que estão fora do mercado de trabalho por motivos diferentes. Movimenta renda também nas comunidades”, salientou.
Ana Lucia Selvatici, diretora de Negócios da Companhia Caminho Aéreo Pão de Açucar, revelou que o Carnaval fora de época foi excelente. “Voltamos ao patamar de antes da pandemia e quase dobrou o número de eventos noturnos”, enfatizou.
O presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes (SINDRIO) informou que, apesar do setor ter sido o de maior recuperação pós crise sanitária, foi o que mais fechou vagas, 30 mil, no período. Fernando Blower disse que o segmento é o maior empregador de jovens de 18 a 24 anos de idade. “Até agora não recuperamos nem a metade. 40% já estão faturando mais do que antes da pandemia ao conseguirem se reinventar. 24% se mantiveram iguais. Mas 36% estão com maior dificuldade, incluindo os estabelecimentos mais tradicionais. O peso das dívidas é grande. E ainda existe a inflação”, avaliou Blower.
Pedro Guimarães, diretor-presidente da Apresenta Rio, comentou a decisão do Congresso de garantir que os empresários dos setores de eventos e turismo, afetados pela Covid, estejam isentos do pagamento de impostos, como PIS e Cofins por mais cinco anos. “Entretenimento é pauta econômica e o turismo também está nessa pauta”, afirmou.
O sócio fundador e CEO do REP Festival foi um dos destaques do seminário ao apresentar o retorno que trouxe para a cidade do Rio. Foram 80 mil pessoas em dois dias de festival, que gerou quase cinco mil empregos, entre outros dados. “Trabalhamos com uma geração nova e o Rep é hoje o gênero musical mais consumido pelo jovem no Brasil. O Rep Festival foi um dos catalizadores do turismo no Rio de Janeiro e é uma grande porta de entrada de turistas. A iniciativa pública tem que olhar para esses grandes festivais”, defendeu Fabrício Stoffel, anunciando que haverá edição do Rep em fevereiro de 2023.
Júlia Helena, presidente executiva da RioJunior, informou que congrega mais de 70 empresas juniores e que o setor turístico é muito importante. “O turismo no Rio de Janeiro tem vários segmentos e representa 14% do PIB brasileiro. Não é à toa que é Cidade Maravilhosa”, afirmou ao se apresentar na abertura do evento da ACRJ.
O presidente do Conselho Empresarial de Jovens da Associação Comercial defendeu a desburocratização da vinda de grandes eventos para o Rio de Janeiro. “A cidade pode ter espetáculos, shows etc, de janeiro a dezembro, alavancando ainda mais o turismo no Rio, com a gestão pública desburocratizando os processos para a realização do entretenimento”, reforçou Pedro Rafael.
José Domingo Bouzon, membro do Conselho de Turismo da ACRJ, declarou que é preciso novos eventos, que geram muitos empregos. “A cidade é um produto e precisa ser vendida todo dia, como forma de movimentar a economia. O setor hoteleiro, por exemplo, tem conseguido se reinventar, inclusive, abrindo suas coberturas para atividades de lazer, o que atrai mais hóspedes”, finalizou em uma alusão aos chamados rooftop, conceito de entretenimento que ganhou mais força nesse pós pandemia.