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Inflação dos Estados Unidos pode prejudicar recuperação econômica global

O Conselho Empresarial de Políticas Econômicas da ACRJ se reuniu remotamente, dia 18 de novembro, e analisou o cenário da economia no mundo. O presidente do Conselho, embaixador Marcílio Marques Moreira, avaliou que a taxa de inflação dos Estados Unidos pode dificultar a recuperação da economia global.

A taxa chegou a 6,2%, no período de novembro de 2020 a outubro de 2021, a maior dos últimos 31 anos.

Em relação ao Brasil, a expectativa dos conselheiros é de retração. Eles informaram que já há avaliações dando conta que o PIB (Produto Interno Bruto) deverá ter variação negativa em 2022. Se mostraram preocupados ainda, não só com o nível de desemprego, que continua alto, mas com a renda média do brasileiro que se mantém em queda.

Outro ponto discutido durante a reunião foi sobre o setor de cimento, um dos indicadores que mostram os avanços econômicos do país. O conselheiro José Otávio Carvalho informou que houve uma redução do consumo em 10% esse ano, o que era esperado. Ele explicou que de maio até setembro havia estabilidade, a partir desse período começou a diminuir o consumo, se comparado a 2020.

Sobre a crise hídrica, os conselheiros acreditam que o cenário energético brasileiro vai depender do verão e que os valores das contas não devem ser reduzidos.

No encontro virtual, o presidente do Conselho alertou ainda para a nova onda da Covid-19, principalmente na Europa. “A nova onda da Covid pode prejudicar a performance na Europa e também nos Estados Unidos. Pode ser um freio na recuperação econômica. A situação projeta uma certa precaução para o Brasil, mesmo com os números caindo”, ressaltou Marcílio Marques Moreira.

Os países europeus estão avaliando possíveis restrições para conter a propagação do vírus. O embaixador comentou que a Alemanha, por exemplo, já tem registro recorde de casos diários, ultrapassando mais de 60 mil novas infecções/dia.