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José Luiz Niemeyer, do Ibmec-Rio, analisa cenário internacional com crise econômica e sanitária

O coordenador do curso de Relações Internacionais do Ibmec-Rio, José Luiz Niemeyer, ao falar sobre a relação Brasil-Estados Unidos e as mudanças nas correlações de poder no mundo, disse que os países estão muito preocupados com a crise econômica e a pandemia. Por esta razão, diz ele, o cenário mostra que estão todos muito contraídos do ponto de vista das relações internacionais. Niemeyer participou da reunião do Conselho Empresarial de Política e Comércio Exterior, dia 17/3, a convite do presidente Eduardo Lessa Bastos.

O professor fez um panorama histórico sobre as relações entre Brasil e Estados Unidos ao longo do tempo até chegar aos dias atuais. Ele acredita que o país deverá sair de uma relação preferencial com os norte-americanos, que poderá favorecer a ampliação das relações comerciais com parceiros da Ásia, por exemplo, entre outros países. “O Brasil decidiu investir no relacionamento com os Estados Unidos, mas a relação, hoje, com a presidência de Joe Biden, ficou distante. Deve melhorar com o tempo. Mas acho que o país deve ampliar suas relações comerciais, o valor agregado de seus produtos para exportação. É perfeitamente possível manter uma relação com os Estados Unidos e a China, por exemplo, assim como com muitos outros países ao mesmo tempo”, afirmou.

Em sua palestra, ele avaliou que o mundo hoje está muito fragmentado, especialmente por causa da crise sanitária, mas ao mesmo tempo os países disputam uma liderança mundial. “Quando o mundo voltar a crescer e a pandemia acabar, acredito que será possível ter uma certa estabilidade”, avaliou.

Niemeyer também avaliou as possibilidades comerciais do Rio de Janeiro e afirmou que a saída para a cidade é a internacionalização. “Costumo dizer que o Rio é o mundo e o mundo é o Rio. Não sou carioca, mas amo esta cidade. Tudo aqui pode ser internacionalizado, então há muito potencial para a cidade. É preciso entender que relações internacionais são muito mais do que somente conversa de diplomacia”, finalizou, acrescentando que existe perspectivas em várias áreas, como tecnologia, turismo e outras.