Para a presidente do Conselho Empresarial de Energia da ACRJ, Joisa Dutra, “o Brasil não tem uma transição política formal, mas os dois próximos meses serão de emoção por conta da eleição dos presidentes da Câmara e do Senado que, consequentemente, têm impacto no segmento elétrico”. O comentário foi feito durante o último encontro virtual do ano de seus integrantes, realizado no dia 14 de dezembro. Segundo ela, o setor de energia tem basicamente três grandes vetores de reforma em apreciação no Congresso. “São eles: a do gás, a do setor elétrico materializado no PLS 232 [dispõe sobre o modelo comercial do segmento, a portabilidade da conta de luz e as concessões de geração de energia, entre outras questões] e o processo de capitalização da Eletrobrás”, ressaltou.
Os conselheiros acreditam que 2021 será um ano difícil, mas, mesmo assim, apostam em avanços no setor de energia. Entre eles, a energia verde, que é gerada sem grandes impactos ao meio ambiente e via fontes renováveis, como a solar e eólica. Segundo os conselheiros, os renováveis vão continuar se expandindo, com ou sem subsídio, e deram como exemplo o poder da cana de açúcar como fonte de energia, ainda pouco explorada. Para eles, é preciso políticas certas para essa questão da energia verde.
E lembraram que 2020 deixou grandes lições, entre elas o maior empoderamento do consumidor, que ficou muito mais exigente. “Esse ano foi uma prova cabal de resiliência. Sobrevivemos a um ano profundamente desafiador”, finalizou Joisa Dutra. Os conselheiros afirmaram que, apesar de toda a crise sanitária, houve uma capacidade de reação surpreendente das empresas e da sociedade.