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Copa América e a inteligência nas cidades, uma questão de gestão

Copa América e a inteligência nas cidades, uma questão de gestão

Quando você entra em um local de entretenimento, como um estádio de futebol, e não é identificado, como é a sua sensação de segurança? Se você não foi identificado adequadamente, certamente criminosos também não foram.

A Copa América nos trouxe a possibilidade de repensar a operação e a gestão das cidades. Mais do que isso. Ela nos mostrou que uma cidade inteligente começa a ser construída a partir dos elementos que a compõe. Dentre eles os condomínios de uma forma geral, as indústrias, as lojas e os restaurantes, os estádios de futebol e as casas de espetáculo, os cinemas e os clubes, que são fundamentais nesta construção.

A oportunidade de trabalhar na operação da Copa América, assim como anteriormente, durante a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos no Brasil, nos permitiu desenvolver conceitos inovadores para comunicação das equipes de reportagem. Integramos os estádios e as respectivas emissoras de diversos países. Além disso, fizemos a distribuição e o controle de dados e da energia elétrica. Muitos processos e pessoas envolvidas nos exigiu um sistema inteligente de monitoramento. E foi um sucesso. Controlamos o funcionamento de todos os aparelhos e equipes, entradas e saídas, com registro de horário e imagem com riqueza de detalhes e informação. Além da segurança do trabalho, esse gerenciamento permitiu que não ocorresse a entrada de nenhuma pessoa estranha nas áreas restritas.

Câmeras existem por toda parte, o que falta é um cérebro para interpretar as informações visuais que são captadas. Usamos este cérebro e fomos muito além do reconhecimento facial, colocamos ele para trabalhar em um amplo espetro, sinérgico com nosso modelo de negócio.

Muito mais do que experiência pessoal, esse trabalho me mostrou que é preciso envolvimento do empresariado para que as cidades se tornem inteligentes. Como? Controlamos primeiro os processos em nossos estabelecimentos, crescemos para os shoppings e daí integramos as vias públicas. Desta forma, conseguiremos não só aumentar a eficiência de nossos processos como, por consequência, a segurança.

Aureo Ricardo Salles
Vice-presidente e diretor da ACRJ