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Secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania apresenta as estratégias do Governo Federal para o Esporte

Em palestra para o Conselho Empresarial de Esporte da Associação Comercial do Rio de Janeiro, o Secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, General Décio dos Santos Brasil, falou aos Membros do Conselho sobre as estratégias do governo federal para o esporte. “Esse é um momento de transformação do país. As práticas políticas estão sendo revistas. Dentro da ótica do atual governo, elas devem ser revistas para melhor. Nesse campo também está incluída a parte do esporte. Há que se definir rumos para o esporte brasileiro”, afirmou o Secretário.

Ele apontou a importância da integração entre o Ministério da Cidadania, que engloba a pasta de Esporte, com outros ministérios, como o da Saúde e da Educação, para que “as políticas educacionais, de saúde, de cidadania sejam também implementadas pela atuação no esporte nacional”, afirmou. O Secretário reconheceu as dificuldades para implementar projetos no momento de crise econômica atravessado pelo Brasil, mas acredita que essa integração pode ser essencial para que o esporte brasileiro possa avançar. 

O Secretário apresentou alguns projetos dessa nova administração. Entre eles, será criado um órgão específico para o paradesporto. Não só das modalidades paralímpicas, mas também de esportes para surdos (surdolimpíadas), atletas especiais (com síndrome de down) e hemofílicos.

Ele também explicou que as políticas da Secretaria Especial do Esporte são implementadas por quatro secretarias nacionais: Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (SNELIS); Esporte de Alto Rendimento (SNEAR); Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor (SNFDT); e Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). Além disso, cabe ao Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte (DIFE) a execução da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE).

Bolsa Atleta

O Bolsa Atleta foi apontado pelo Secretário como o maior programa do mundo de patrocínio individual a atletas. Já foram concedidas mais de 63,3 mil bolsas para 26,5 mil atletas em todo o país. O valor destinado para o projeto, em vigor desde 2005, supera a marca de R$ 1,1 bilhão. O investimento já alcança a marca de R$ 84,5 milhões por ano. A categoria “Pódio”, considerada a de maior prestígio do programa, já contempla 277 atletas, que estão entre os 20 primeiros do ranking em seus esportes. O investimento nessa categoria supera R$ 35,5 milhões.

Segundo o Secretário, o Bolsa Atleta é considerado prioridade da gestão, com uma adição de R$ 70 milhões ao orçamento do programa, dobrando o número de atletas apoiados de pouco mais de 3 mil para 6 mil, em diversas categorias. “Atende desde a base, das crianças que recebem ajuda e se destacam. Estudantes, atletas nacionais e internacionais. Olímpicos, paralímpicos, e os atendidos pelo bolsa Pódio”, explicou.

O investimento trouxe resultados. Das 19 medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016, apenas a medalha vencida pelo futebol masculino não contava com bolsistas. Já nos Jogos Paralímpicos, todas as 72 medalhas conquistadas foram por bolsistas do governo federal.

Objetivo é triplicar número de novos talentos beneficiados

“Fizemos agora um protocolo de intenção de cooperação com a Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP), para que as instituições de ensino ofereçam bolsas de estudos para jovens atletas”, afirmou o Secretário. De acordo com ele, parcerias com outras instituições de ensino estão em desenvolvimento, e o objetivo é triplicar o número de novos talentos beneficiados com algum tipo de apoio governamental ou privado no Brasil.

Estação Cidadania

Com a junção dos Ministérios do Desenvolvimento Social, Cultura e Esporte, os projetos das diversas pastas foram unificados. “A ideia do Ministro da Cidadania, Osmar Terra, foi compor essas iniciativas como uma grande ferramenta de desenvolvimento social em todos os setores. A Estação Cidadania vai juntar projetos da área cultural, de desenvolvimento e esporte, proporcionando à população diversos benefícios que estão isolados hoje.”

Segundo ele, após os municípios atenderem uma determinada série de requisitos, as cidades podem receber financiamento para a construção de ginásios esportivos com pistas de atletismo, campos de futebol, cine teatros, centros de convivência de idosos, parques infantis, bibliotecas, salas para capacitação profissional, etc.. “Se os municípios, por exemplo, não forem capazes de arcar com a manutenção após a execução desses projetos, eles não recebem mais”, detalhou o Secretário, afirmando que há uma carta onde os municípios vão assumir esse compromisso. A ideia seria desenvolver esses projetos em áreas periféricas de cidades de pequeno e médio porte carentes de tais iniciativas.

Ao fim da apresentação, o Secretário afirmou que “vem tentando montar, da melhor maneira possível, um trabalho em benefício do esporte”. Ele ressaltou sua boa relação com a Casa de Mauá. “A ACRJ é conhecida minha. Já estive aqui algumas vezes e fico muito feliz. Podem ter certeza que vamos manter um canal permanente de conversação no intuito de melhorar a condição do esporte”, concluiu.