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Proposições para o Centro do Rio são tema de debate no Conselho de Segurança e Ordem Pública

O Centro do Rio foi um dos temas centrais da reunião do Conselho Empresarial de Segurança e Ordem Pública da ACRJ, realizada dia 5 de fevereiro, que contou com a presença do presidente Josier Vilar. O presidente do Conselho, Ricardo Ribas, e o vice, Fernando Veloso, receberam a presidente do Conselho de Renovação do Centro do Rio, Maria Izabel Castro de Souza, e o presidente da Aliança Centro Rio, Marcelo Haddad.

Após o relato detalhado da presidente Maria Izabel sobre os principais problemas do Centro do Rio, e pela urgência nas soluções, o presidente Ribas anunciou que os dois Conselhos farão um documento conjunto, com propostas concretas e objetivas, para apresentar às autoridades municipais e estaduais, incluindo as Polícias Civil e Militar, além da Guarda Municipal. Uma reunião será marcada logo após o carnaval para a construção dessas propostas.

“O Centro passa por um processo de esvaziamento econômico crônico por questões diversas, que vão além da segurança. Ainda assim, é responsável por 70% do PIB do estado do Rio. No entanto, não é mais o responsável pela maior empregabilidade”, disse Maria Izabel.

Ela lembrou que a região é hoje “a primeira área de excelência fiscal urbana do país”, citando a aprovação da Lei 9722/22, que trata sobre a redução do ICMS para 12% para os próximos 10 anos. E chamou a atenção para outras questões importantes, como a posse e a ocupação de imóveis e o funcionamento dos ferros velhos no Centro. Os empresários acreditam que este último é um estímulo para os casos recorrentes de furto de material metálico que são facilmente comercializados na região. “O problema do Centro, além da segurança, é a questão fundiária. Sem um olhar para esta questão pouco vamos avançar. Não se resolve a reocupação do Centro combatendo o camelô, mas estimulando a formalidade”, afirmou.

O presidente Ribas reafirmou, nesta ocasião, o compromisso do Conselho Empresarial de Segurança e Ordem Pública com iniciativas de curto, médio e longo prazo. “Vamos pensar juntos em proposições para o Centro do Rio que o transforme em um território seguro para se empreender, trabalhar, visitar e morar. Sem perder de vista temas relevantes e causais para o médio e longo prazo da segurança e ordem pública em todo o Estado do Rio de Janeiro. Nosso programa aprovado para o primeiro semestre de 2024 inclui, além dos movimentos relacionados com o Centro do Rio, um diálogo sobre a questão penal envolvendo Crimes Violentos contra a Pessoa e um Simpósio sobre a questão do trabalho dentro do Sistema Prisional do Estado”, acrescentou.

Presidente Josier Vilar participou da reunião
Ricardo Ribas fala sobre o trabalho em conjunto dos Conselhos