A realidade virtual, para divulgação de exposições, obras de artes, museus e outros produtos culturais, foi tema da palestra do professor Rafael Nasser, durante a reunião do Conselho Empresarial de Assuntos Culturais da ACRJ, dia 29 de setembro. O presidente do Conselho, Douglas Fasolato, disse que o uso do ambiente virtual na cultura é irreversível. “Este é um mercado em crescimento, sem dúvida, mas precisamos saber como isso pode contribuir para ampliar o acesso de pessoas de todas as faixas etárias e classes sociais à cultura”, lembrou.
O vice-presidente do Conselho, Reinaldo Paes Barreto, que intermediou a participação de Nasser no encontro, fez uma provocação sobre a tecnologia em relação às emoções e ao convívio pessoal. “O mundo virtual é pessoal e intrasferível e acredito que há um deslocamento entre o impacto emocional e sua reação ao assistir uma obra neste ambiente”, disse. Segundo ele, é fato que a tecnologia afasta os mais próximos e aproxima os que estão longe. Mas concorda que as distâncias foram encurtadas, especialmente na pandemia, graças à tecnologia.
Sobre o Metaverso, Nasser citou alguns exemplos, como a construção de um vídeo, feito por um grupo de alunos, sobre o holocausto usando esta ferramenta. “O Metaverso existe e está em constante evolução e deve ser visto como uma experiência social e não individual. Porque são as pessoas que vão construir esses universos. Esta ferramenta permite que comunidades de pessoas reais construam experiências diversas no ambiente virtual”, acrescentou.
Ele também falou sobre NFTs (non-fungible token) ou um token não fugível, um tipo especial criptográfico e que serve como identidade digital de um item, assegurando sua autenticidade. Segundo ele, diversas marcas estão investindo nos NFTs para desenvolver produtos, ampliar sua presença no mercado e fidelizar clientes. Assim como galerias de arte, que até fazem leilão de obras.
Ele mencionou uma exposição digital ocorrida este ano no Parque Lage com a comercialização de peças, inclusive. Segundo ele, o mundo digital cria possibilidades impossíveis na escala real, como visita a um museu do outro lado do mundo sem sair de casa. “O artista, o museu, a galeria de arte, todos que mexem com cultura estão sempre pensando em como usar essas ferramentas. É um mundo que não pode ser mais ignorado”, afirmou.
A palestra completa está disponível no Canal ACRJ Divulga. Acesse aqui