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Desenvolvimento de Inteligências Múltiplas foi tema de debate do Conselho de Educação

A insatisfação no mercado de trabalho e a não definição da carreira a seguir após o ensino médio foram alguns dos assuntos avaliados na reunião online do Conselho Empresarial de Educação da ACRJ, dia 22/02. Os temas têm ligação direta, segundo os conselheiros, com o sistema educacional no Brasil. Por isso, a importância da aplicação das Inteligências Múltiplas.

O conselheiro Silvino Netto, doutor em Educação e autor da coleção Você, Cida e Adão, fez uma apresentação sobre as Inteligências Múltiplas, seus conceitos e atividades, que colaboram para a formação da cidadania. Ele explicou que essas inteligências promovem o desenvolvimento do ser humano, incluindo a identificação das que são predominantes em cada pessoa desde cedo, visando orientação vocacional e uma “escolha profissional consciente e assertiva”. 

“Atualmente 90% dos profissionais do mercado de trabalho não estão satisfeitos em suas funções e grande parte dos estudantes que chega ao ensino médio não sabe que carreira seguir. Falta orientação vocacional, o que as Inteligências Múltiplas podem ajudar”, defendeu.

Silvino Netto mostrou que, por meio dos personagens Cida e Adão, é possível contextualizar a Inteligência Múltipla não só na escola, mas na empresa, na família e em outros grupos. O conselheiro adiantou que hoje temos até a 9ª Inteligência, que é a Espiritual, contribuindo para respaldar o campo científico, já que é de conhecimento que as decisões e ações afetam tudo, que, por sua vez, afeta a sociedade.

O presidente do Conselho, Paulo Milet, ressaltou que “da mesma maneira que temos diferenças físicas, temos as intelectuais e que dessa forma a diversidade precisa ser trabalhada e ter uma atenção especial, evitando uma série de problemas, como a evasão escolar”. Milet informou que, pelo último Censo do Ensino Superior, de 2020, dois milhões de alunos por ano, somente dessa parcela do sistema educacional, deixaram as salas de aula. “Esse número vem se repetindo a cada ano ao longo de uma década”, concluiu.