O Conselho Empresarial de Desenvolvimento Humano e Educação Corporativa da ACRJ promoveu um debate sobre dois temas importantes para o mundo do trabalho: Engajamento e Capacitação da Geração Z no Mercado de Trabalho e também a questão do Assédio nas Empresas. Roberto Godinho e Maíra Pimentel, respectivamente presidente e vice do Conselho, receberam, para a reunião do dia 28 de agosto, os especialistas Ana Addobbati, da Livre de Assédio, e Luiz Guilherme Guedes, da Epic Digital.
Abrindo o debate, a CEO da Livre de Assédio, Ana Addobbati falou sobre a plataforma que oferece capacitação, tecnologia, metodologia e suporte humanizado para as empresas enfrentarem o assédio moral, virtual e sexual em seus ambientes. Ela trouxe dados preocupantes, como o registro de que as denúncias de assédio no Brasil triplicaram entre 2019 e 2023. Segundo ela, um aumento que reflete maior conscientização e novos mecanismos de denúncia. Para Ana, o combate ao assédio nas organizações deixou de ser apenas uma questão legal para se tornar um imperativo estratégico.

A entrada em vigor da nova NR-01, que inclui o assédio como um risco psicossocial a ser monitorado, marca um ponto de virada para que as empresas promovam um ambiente de trabalho seguro e saudável. No entanto, como alerta Ana Addobbati, essa mudança vai além da conformidade com a lei. Ela acredita que quando a prevenção é postergada, o problema pode ser ampliado “porque o assédio não afeta apenas a vítima, ele compromete o clima organizacional, reduz a produtividade, eleva o turnover e aumenta os custos para a empresa e para a sociedade”, afirma a executiva. Confira aqui a apresentação completa.
Na segunda parte da reunião, o fundador da Epic Digital, Luiz Guilherme Guedes, mostrou algumas soluções oferecidas pela plataforma para ajudar as empresas a engajar esse jovem nascido entre 1997 e 2012, que cresceu em um ambiente hiperconectado e hoje representa 27% da força de trabalho no Brasil. A GenZ chegou ao mercado de trabalho trazendo novas demandas e um perfil que exige transformação por parte das empresas, especialmente no que diz respeito a alta rotatividade, já que esta geração busca experiências e não carreiras lineares.
Por ser uma geração que valoriza autenticidade, propósito, criatividade e novas experiências, Guedes diz que para atrair e reter esses talentos, não basta oferecer treinamentos tradicionais. “É preciso criar ambientes de aprendizado imersivos e personalizados, que estimulem a participação ativa e o desenvolvimento contínuo. Para engajá-los, é preciso falar a linguagem deles e criar jornadas que unam aprendizado, tecnologia e propósito”, disse.

Uma das soluções apontadas por Guedes é o uso de gamificação e economia criativa, utilizando ferramentas estratégicas para integrar capacitação, mentoria e networking com uma abordagem que transforma o aprendizado em uma experiência prática e envolvente, aumentando o engajamento e acelerando a adaptação dos jovens ao ambiente corporativo. Confira aqui a apresentação completa.
