Conselhos Empresariais
Ângelo Alves, Humberto Mota Filho e Bernardo Bemvindo

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Representantes do INPI fazem palestra sobre governança das marcas e patentes

O Conselho Empresarial de Governança, Compliance e Diversidade da ACRJ recebeu, dia 1º de agosto, os representantes do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), Ângelo Santos Alves e Bernardo Bemvindo para o debate sobre Governança Estratégica das Marcas e Patentes, que contou ainda com a participação do presidente do Conselho, Humberto Mota Filho, que falou sobre a gestão estratégica da reputação empresarial.

Em sua apresentação, Humberto Filho destacou a importância do registro e monitoramento de uma marca; da gestão das patentes, protegendo-a contra cópias e concorrência desleal; do risco reputacional, que pode gerar danos ao prestígio de uma empresa, entre outras questões fundamentais para a construção de uma imagem positiva de uma empresa perante seus públicos de interesse e a sociedade em geral.

Humberto Mota Filho

Em um cenário corporativo cada vez mais competitivo e exposto, de acordo com ele, proteger e fortalecer a reputação empresarial deixou de ser um diferencial e passou a ser uma exigência estratégica. “A boa imagem de uma organização está diretamente ligada à sua capacidade de se manter relevante, confiável e competitiva. A gestão estratégica de marcas, patentes e reputação é um processo contínuo e interligado para proteger e valorizar os ativos intangíveis de uma empresa, que será fator importante para garantir sua vantagem competitiva no mercado”, acrescentou. Confira a apresentação na íntegra aqui

Em seguida, Bernardo Bemvindo destacou a importância da transferência de tecnologia para impulsionar a inovação no Brasil. O coordenador-geral de Contratos de Tecnologia do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) reforçou o papel estratégico da Propriedade Intelectual (PI) como vetor de desenvolvimento econômico e competitividade e mostrou que ela está presente em todas as etapas da cadeia de valor de uma empresa, da pesquisa e desenvolvimento à comercialização.

Bernardo Bemvindo

Para ele, empresas que investem em propriedade intelectual têm maior capacidade de inovar, adaptar seus produtos às demandas dos consumidores e operar com eficiência. Ele apresentou dados de instituições internacionais, como Ocean Tomo e AON, além do próprio INPI, que comprovam que os ativos intangíveis, como a Propriedade Intelectual, já superam os ativos tangíveis como principais impulsionadores do valor das empresas modernas.
Confira a apresentação na íntegra aqui

Encerrando as apresentações, Ângelo Santos Alves, pesquisador e coordenador do GT IP Finance da CGTEC (Coordenação-Geral de Contratos de Tecnologia), focou como a governança da propriedade intelectual pode impulsionar o crédito no Brasil. Ele apresentou um estudo da CGTEC, área técnica do INPI que atua na regulação e apoio a operações de transferência de tecnologia em todo o país, sobre a governança da Propriedade Intelectual no desenvolvimento de garantias para crédito, revelando caminhos para destravar o uso de ativos intangíveis no sistema financeiro nacional.

Ângelo Santos Alves

Segundo o pesquisador, a prática, conhecida internacionalmente como IP finance, já é utilizada em países como Estados Unidos, Canadá, Japão, Coreia do Sul e China, onde marcas, patentes, direitos autorais e outros ativos intangíveis são oferecidos como garantias em operações de crédito. Embora o Brasil tenha uma legislação que permite esse uso, barreiras institucionais e de mercado ainda dificultam sua aplicação prática.

E acrescentou que a governança da propriedade intelectual pode se tornar uma das grandes alavancas para impulsionar o crédito, especialmente entre startups e empresas de base tecnológica que concentram valor em ativos intangíveis. Confira a apresentação na íntegra aqui