O diretor sênior da Alvarez & Marsal, consultoria em gestão empresarial, Rivaldo Moreira Neto, participou nesta 6ª feira (31/1), da reunião do Conselho Empresarial de Energia e Transição Energética da ACRJ. Ele foi recebido pelo presidente do Conselho, Gabriel Kropsch, e falou sobre o mercado nacional e internacional do gás natural, as potencialidades e os gargalos no Brasil e as oportunidades para descarbonização, em especial no setor de transporte.
O encontro contou com a presença, entre outros, da presidente da MSGas, empresa de distribuição de Gás Natural do Mato Grosso do Sul, Cristiane Schmidt; do presidente da Rio Ônibus, João Gouveia Ferrão Neto; da vice-presidente de Comunicação da ACRJ, Jacyra Lucas.
Ele comentou sobre a atual produção brasileira de gás natural, destacando o avanço na área de infraestrutura, com novos projetos já em construção e operação, o que garantirá maior produção de gás no futuro. “Isso também significa que empresas privadas terão participação mais ativa na produção”, avaliou. E ressaltou que o gás no Brasil é “altamente competitivo e está atrelado a um forte controle, o que impacta tanto sua precificação quanto sua regulamentação, mesmo quando comparado a modelos internacionais”.
Segundo Rivaldo, a oferta de gás e a disponibilidade para buscar soluções privadas sem depender exclusivamente das distribuidoras uma discussão muito presente para quem atua neste setor. “No modelo atual, quem compra gás pode, teoricamente, utilizar a infraestrutura existente para distribuí-lo sem precisar de um programa específico para isso”, explicou. De acordo com ele, nos últimos oito anos, muita coisa deixou de acontecer no setor de gás, especialmente no crescimento da produção. “Enquanto a produção de gás nacional e do pré-sal avançou, outros setores não tiveram o mesmo desempenho”, disse.
Sobre descarbonização, Rivaldo ressaltou que ela pode gerar impacto econômico positivo, como aumento do PIB e investimentos, apesar de ser um processo “extremamente desafiador”. “No final, uma gestão eficiente e automatizada pode transformar setores inteiros, trazendo maior integração e otimização dos recursos”, finalizou.