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Conselho debate Governança dos investimentos socioambientais

O presidente do Conselho, Humberto Mota Filho, recebeu, dia 3/2, Leonardo Freire, da Cândido Oliveira Advogados, para tratar dos riscos climáticos e responsabilidade ambiental dos empresários, e Luiz Alfredo Vidal, Ceo do Guia da Bolsa que abordou o tema: Governança dos Investimentos, como investir em 2023. Eles participaram da abertura das atividades do Conselho Empresarial de Governança, Compliance e Diversidade da ACRJ.

Ao abrir a reunião, Humberto Filho anunciou a Agenda 2023 e relatou que o Conselho já está desenvolvendo projetos em conjunto com os Conselhos de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saneamento e de Educação. Ele adiantou que o Yearbook 2023 do Centro de Compliance da Universidade de Viandrina em Frankfurt publicará artigo de sua autoria fruto dos estudos do Conselho sobre Sistemas efetivos de Compliance. Também compartilhou com todos o reconhecimento do Conselho como ator relevante para o avanço da transparência pública nas Américas pelo BID, pelas suas contribuições para a novas políticas daquela instituição.

O presidente da ACRJ, José Antonio do Nascimento Brito, presente ao encontro, informou sobre o protocolo firmado pelo Governo do Estado com a Nasdaq, em Nova Iorque, para implantação da Bolsa de Crédito de carbono e de biodiversidade, a Bolsa Verde. Presente ao evento, Nascimento Brito garantiu o apoio da ACRJ à iniciativa e afirmou que esta decisão atende aos princípios de uma economia sustentável de baixo carbono. “´Foi uma excelente notícia já agora no início do ano.  Este assunto deverá estar maduro no segundo semestre, já que em maio terão vários encontros sobre o tema, também nos Estados Unidos”, adiantou.

Leonardo Freire começou sua palestra fazendo um histórico da variável climática e a gestão empresarial e sua evolução ao longo do tempo. Ele mostrou que nos anos 80 os fundos eram orientados pela capacidade de gerar benefícios à sociedade. “Era quase uma filantropia”, disse. Enquanto nos anos 2000 criou-se as carteiras sustentáveis, quando as empresas começam a se adaptar a uma Agenda ESG que se torna fator de competitividade.

De acordo com o especialista, investidores europeus pretendem aportar pelo menos 50% de seus investimentos em carteiras sustentáveis. “Gestão climática é risco, mas no longo prazo, os investimentos na área socioambiental tendem a ser mais percebidos pelo mercado e apresentam desempenho superior aos tradicionais”, destacou, acrescentando que as empresas que compreendem os fatores ESG considerados pelos bancos e pelo mercado, sempre terão acesso a capital com menor custo. 

Abordando a questão de como investir em 2023, Luiz Alfredo Vidal sugeriu a Renda Fixa, a Renda Variável e os imóveis. Também mencionou o setor do agronegócio, que vem tendo resultados aquém do esperado e contribuiu negativamente para o resultado do PIB. “Levando em consideração que o agro representa hoje 10% do PIB Brasil, é uma linha que pode garantir cerca de 1% de crescimento estimado do PIB”, disse.  Vidal registrou ainda que a participação do Brasil na carteira global de investimentos foi de 0,42% e destacou a importância de o Governo promover a Reforma Tributária “para reduzir a ineficiência logística e diminuir a burocracia fiscal, que vai impactar o PIB em um horizonte de 15 anos”.

A íntegra da reunião está disponível no canal ACRJ Divulga no YouTube. Acesse aqui