O Conselho Empresarial de Inovação, Comunicação e Tecnologia da ACRJ se reuniu, de forma híbrida, para conhecer ainda mais alguns projetos ligados a cidades inteligentes. A apresentação “Smart Cities e a Nova Economia” foi feita pelo conselheiro e professor André Luis Azevedo Guedes, dia 7 de junho.
A apresentação tratou de cidades inteligentes interligadas com a cultura digital, que envolve interatividade, cidadania, democracia, construção coletiva, divisão dos saberes, foco nos cidadãos, melhoria da qualidade de vida, sustentabilidade, governança compartilhada e virtualidade. Segundo o conselheiro, deve haver planejamento com a participação das empresas, do comércio e da sociedade civil.
“Cabe aos gestores públicos e privados, ouvida a sociedade civil organizada, a decisão sobre os principais fatores que devem ser considerados para tornar uma cidade mais inteligente”, comentou André Luis. Ele explicou que o mundo mudou muito nos últimos anos e, com a pandemia, o processo tecnológico foi agilizado. Porém, acrescentou, que não devemos pensar somente em tecnologia, que é um meio importante, mas tem que incluir tudo, ou seja, o social e o ambiental também.
O conselheiro lembrou que já se trabalha com base na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), “um plano global para mudar o mundo”. Entre os objetivos do desenvolvimento Sustentável, destacou os de números 8, que fala sobre o “trabalho digno e crescimento econômico”, e 9, que engloba “inovação e infraestruturas”.
André Luis informou ainda que “as cidades inteligentes são aquelas que conseguem consolidar conceitos de cidades digitais e sustentáveis, onde o desenvolvimento de camadas de governança e das novas soluções se mostram adequadas para utilização nas regiões e melhoria da qualidade de vida”.
Ele deu como um exemplo de ações no Rio de Janeiro o Centro de Operações Rio, (COR), da Prefeitura. O COR monitora a cidade e quando há algum problema tenta solucionar rapidamente. “Se um ônibus quebra na via pública, agilizam para o veículo ser retirado e liberar o trânsito e, com isso, evitar grande engarrafamento. O monitoramento do tempo também é importante para, se necessário, deslocar as pessoas do local de risco em dias de temporal”, ressaltou.
Em termos de inovação na economia, o professor e conselheiro abordou a importância das startups, como serviços e produtos financeiros e soluções tecnológicas para problemas e desafios nas áreas de educação, saúde, setor alimentício e para o segmento jurídico, entre outros. Para ele, falta fomentar startups, por exemplo, nos setores de energia, construção civil, biotecnologia, recursos humanos, agronegócio, seguros, esportes e administração pública. “Para alguns setores há investimento, mas falta projeto”, revelou.
“Se a gente não discutir como fomentar, levar adiante as ações e ficar na dependência somente do governo dificilmente haverá crescimento. Precisamos de mais participação da inciativa privada, das empresas. Se não houver uma integração sustentável, não temos como crescer”, reiterou o presidente do Conselho de Inovação. Caio Rainerio.