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ACRJ apoia acordo entre a Prefeitura e empresas de ônibus, mas defende solução para demais modais de transporte

A Prefeitura do Rio e os empresários de ônibus chegaram a um acordo sobre a gestão do transporte público na cidade. As duas partes assinaram um acordo definindo que, até o final do ano, a passagem será mantida em R$ 4,05. A Prefeitura se comprometeu ainda em assumir a bilhetagem eletrônica, além de pagar um subsídio às empresas com base na quilometragem rodada, e não mais pelo número de passageiros transportados.

Há meses, a Associação Comercial do Rio de Janeiro vem defendendo um acordo emergencial entre as partes, por considerar caótica a situação do transporte público no Rio. “É fundamental, nesse sentido, que, não somente o problema do modal ônibus, mas também o da mobilidade do Rio de Janeiro possam ser pensados de uma maneira moderna. Que não fique restrita a tarifas, mas que possamos ter discussões mais adiante em torno de combinação de modais, de pegada de carbono, de uma agenda ESG e de ônibus elétricos”, declarou o presidente da ACRJ, José Antonio do Nascimento Brito.

Em relação às condições da bilhetagem eletrônica previstas no acordo, o vice-presidente da ACRJ, Helio Ferraz, destacou que a Prefeitura adotou o modelo de  remunerar os serviços concedidos. “A ACRJ sempre deu suporte ao ente público, diante da necessidade deste ter na tarifa de transporte público uma ferramenta de politica social. Por outro lado, serviços eficientes e de qualidade ao usuário demandam aos concessionários investimentos em equipamentos, pessoal qualificado e manutenção. A Prefeitura adotou o modelo de remunerar os serviços concedidos com base na quilometragem percorrida, sendo a tarifa um adiantamento”, explicou.

“Vários pontos importantes ainda precisam ser discutidos, mas esse acordo vai dar tempo para que esse debate possa ser aprofundado. É com satisfação que recebemos essa notícia”, completou Nascimento Brito.

De acordo com dados da Prefeitura, o município do Rio tinha, em 2010, 45 empresas de ônibus atuando na cidade. Agora, são 29, das quais 11 estão em recuperação judicial. Ao todo, a prefeitura paga R$ 2,5 milhões em subsídio a essas empresas, valor relativo aos prejuízos causados pela pandemia.