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Os eternos problemas da mobilidade urbana carioca

Os eternos problemas da mobilidade urbana carioca

Artigo de Alfredo Lopes, presidente do Conselho Empresarial de Turismo da ACRJ e do HotéisRIO

A retomada das aulas presenciais pela maioria das escolas e o fim do trabalho remoto em muitas empresas aumentaram o fluxo de pessoas nas ruas, mas trouxeram de volta um velho problema, conhecido de longa data do carioca: a deficiente mobilidade urbana do Rio de Janeiro. O sucateamento dos transportes públicos e as dificuldades de locomoção alteram a rotina de cidadãos e negócios e provocam prejuízos à economia da nossa cidade.

Funcionários de setores como hotelaria, bares e restaurantes voltam a levar de 2 a 3 horas para chegar ao trabalho, afetando a produtividade. Muitas empresas se veem obrigadas a oferecer transportes particulares a seus colaboradores, o que acarreta gastos extras. Para as Olimpíadas de 2016 o poder público fez investimentos como o BRT e a expansão do Metrô. No entanto, desde então esses modais só se deterioraram, um sucateamento que prejudica famílias e empresas.

Mas o cenário não é negativo apenas para os cariocas. Os turistas, peças essenciais para o dinamismo econômico da cidade, também sofrem. Muitas vezes a programação dos visitantes se limita a poucas atrações por dia por conta da dificuldade de locomoção na capital do Rio de Janeiro. Perdem equipamentos turísticos, hotéis e restaurantes, com público aquém de suas possibilidades. Perde a imagem do Rio, mais uma vez maltratada.

Os moradores do Rio de Janeiro sempre foram acostumados com a péssima qualidade do transporte público. Retrospectivas com fotos do Rio Antigo mostram bondes superlotados. Os anos 60 viram o nascer das lotações. Os trens suburbanos já viram cenas inaceitáveis, com passageiros tratados a chicote. Já passou da hora disso mudar. A solução passa pela união entre empresários e população, que devem dar um basta definitivo e exigir soluções das autoridades públicas.