O Conselho Empresarial de Energia se reuniu no dia 9 de março para debater desafios e soluções energéticas para o Rio de Janeiro. A reunião foi comandada pela presidente do Conselho, Joisa Dutra, e contou com a presença do presidente da ACRJ, José Antonio do Nascimento Brito, e de representantes do setor, como Aneel, Light e Enel. “Nosso desafio é transformar essa experiência em soluções, não para os 20 anos que já passaram, mas para os 30 anos que ainda virão”, disse Joisa.
O diretor da Aneel, Hélvio Gerra, lembrou que o trabalho da Aneel é fazer com que a energia chegue à porta do consumidor com a qualidade e a quantidade necessárias e com um preço acessível, enfrentando desafios e alocando custos e riscos de forma equilibrada. Para o executivo, o problema da falta de energia nos anos de 2020 e 2021 não foi de uma crise hídrica, mas de uma crise de falta de reservatórios de água. “Ao longo dos últimos anos, nós deixamos de construir novos reservatórios para armazenar água para aproveitar uma das fontes mais importantes que nós temos hoje no Brasil, chamada potencial hidráulico”, afirmou Guerra, exemplificando que a última usina hidrelétrica construída no país foi a de Serra da Mesa, há mais de 30 anos.
O presidente da Light, Nonato Castro, apresentou números da empresa e falou sobre os desafios do trabalho dentro de comunidades carentes. “Estamos fazendo um trabalho diferente nas comunidades, e a primeira coisa foi esquecer o passado, limpando os nomes que estão negativados por dívidas com a concessionária. A segunda foi levar condições para as comunidades, porque precisam de um tratamento diferenciado envolvendo as lideranças locais”, disse o presidente.
A diretora-presidente da Enel Rio, Ana Paula Pacheco, afirmou que os desafios da empresa são muito parecidos com os da Light. Ela explicou que, durante a pandemia, a Enel passou por outro grande problema, que foi a lei estadual que proibiu cortes. “A gente precisa trabalhar com a pauta da modernização do setor, que tem sido discutida. O setor elétrico no Brasil não precisa mais de subsídios. Hoje em dia, com a inovação tecnológica, isso não é mais preciso. A abertura do mercado é desejável, mas precisa ser de forma sustentável”, afirmou a executiva.