Menu fechado

Notícias

Projeção de crescimento da economia global em torno de 6% é muito alta, avaliam especialistas da ACRJ

Os conselheiros da ACRJ se mostraram cautelosos com a divulgação pelo Banco Mundial de que a economia global deve crescer 5,6% em 2021, recuperação mais forte em 80 anos, após a recessão decorrente da pandemia. Eles consideraram esse índice muito alto. A análise foi feita durante a reunião virtual do Conselho Empresarial de Políticas Econômicas da Associação Comercial do Rio de Janeiro, realizada 10/06.

Para o presidente do Conselho, embaixador Marcílio Marques Moreira, a conjuntura econômica apresenta dois cenários. “As projeções indicam expansão econômica em torno de 6%, principalmente nos Estados Unidos, China e Índia, sendo que o país indiano depende da pandemia. E, por outro lado, há também a recessão política, com aperto democrático na China; na Europa, incluindo Polônia e Hungria; no Oriente Médio e na Ásia, com as Filipinas, como exemplo”, analisou o embaixador.

Os conselheiros avaliaram que, apesar da recuperação econômica dos Estados Unidos e de alguns países europeus, há ainda muito o que se observar, inclusive, nos mercados emergentes, que estão com problemas causados pela pandemia da Covid-19.

No caso do Brasil, eles informaram que a inflação está disparando e o consumo não reage como era esperado. Conforme previsão de alguns economistas, os 20% da poupança, gerados na pandemia, seriam levados para alimentar o consumo, o que não ocorreu.

Segundo os conselheiros, além disso, a inflação não está gerando empregos, há aumento do desemprego e queda na oferta de vagas, tornando a situação difícil.

O Conselho também abordou, entre outros assuntos, a privatização da Eletrobras. Para os especialistas, existem dúvidas sobre quanto vai ser arrecadado e qual será a parte do Tesouro com a privatização e ainda problemas que devem ser sanados, como no setor de transmissão de energia. Os conselheiros informaram que há pequenos empreendimentos sem reservas e, com a privatização, podem não aguentar e entrar em um cenário semelhante ao que aconteceu no Amapá.