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Ensino de escolas municipais continua de forma híbrida, diz secretário Ferreirinha

O secretário Municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha, voltou a garantir o funcionamento das escolas públicas municipais, neste período de pandemia, que estiverem adequadas a um protocolo sanitário rigoroso e com infraestrutura pronta para receber os alunos. Um documento com as diretrizes foi elaborado com base em referências da Unesco e Unicef e estudos da UFRJ, Fiocruz, entre outras instituições, além das orientações do Comitê Científico da Prefeitura. “Mais de um ano de escolas fechadas terá consequências perversas do ponto de vista social e de aprendizagem para os nossos alunos”, lembrou.
No entanto, o retorno presencial só será autorizado após as adequações necessárias e o cumprimento de todo check-list para cada unidade escolar. “É um processo contínuo. Só pode ser liberada para o retorno presencial, a escola que cumpra com todos os requisitos de adequação de infraestrutura e que tenha todos os serviços essenciais retomados”, afirmou. Por esta razão, adiantou, o ensino híbrido vai continuar, com o presencial, com aulas remotas pela TV Escola, por meio do aplicativo Rio Educa em Casa, uma parceria com empresas de tecnologia e operadoras, que não impacta no consumo de dados da internet do aluno e do professor, além da distribuição do material impresso.
Ferreirinha participou de uma reunião virtual, dia 16/4, promovida pelo Conselho Empresarial de Educação da ACRJ, e foi recepcionado pela presidente da ACRJ, Angela Costa, pelo vice-presidente de Desenvolvimento Estratégico, José Brito, e pelo presidente do Conselho, Wladymir Soares.
Soares falou sobre o projeto Rio 4.0, criado pelo Conselho em 2019, que tem entre seus objetivos utilizar a tecnologia da informação para alinhar e atualizar professores e estudantes das escolas públicas municipais do Rio de Janeiro. “O projeto visa o uso da tecnologia da informação para inovar processos de formação de alunos, professores e diretores, de forma muito especial”, explicou. Ele adiantou que o projeto será encaminhado ao secretário para análise e colocou o Conselho à disposição para debates sobre o assunto.
O secretário fez um panorama da situação atual da educação na cidade do Rio na palestra “O Cenário da Educação no Município do Rio de Janeiro: Desafios e Ações”. Segundo ele, os desafios são imensos, já que a estrutura engloba 1.543 escolas, quase 650 mil estudantes matriculados e 53 mil profissionais, sendo 40 mil professores.
“As nossas escolas desempenham um papel que vai muito além do que um local só de aprendizagem. Por si só já justificaria, a escola pública como uma das instituições mais importantes da nossa sociedade. Mas é também um local de acolhimento socioemocional, especialmente neste momento agora, onde para a maior parte dos nossos estudantes as escolas ficaram fechadas mais de um ano”, explicou.
Segundo ele, a pandemia trouxe alguns problemas novos, mas “escancarou questões que se acumularam e não foram resolvidas ao longo das últimas décadas”. O secretário citou a falta de conectividade das escolas e de uma formação continuada adequada dos professores, inclusive para atuar de forma remota.
O vice José Brito encerrou a reunião, agradecendo a participação do secretário e o debate sobre o tema; “O secretário trouxe uma conversa muito estratégica para a cidade. A educação, e toda a operação feita pela Secretaria de Educação, é um elemento importantíssimo no processo de inclusão de qualquer cidadão do Rio de Janeiro”, afirmou. Ele acrescentou que esse é um tema que está na pauta da ACRJ e uma preocupação permanente do Conselho e da diretoria e que, em breve, será possível realizar alguma parceria nesta área com a Secretaria de Educação.
A palestra na íntegra está disponível no canal ACRJ Divulga no Youtube. Acesse aqui