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Diretora da FenaSaúde alerta para o cenário que o Brasil passa com a pandemia

O Conselho Empresarial de Políticas Econômicas da ACRJ recebeu em reunião virtual, no dia 8 de abril, a diretora executiva da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Vera Valente, que afirmou ser esse o pior momento da pandemia. “É gravíssimo. Há falta de leitos, há falta de insumos para intubar os pacientes. É uma coisa dramática”, alertou a diretora.

A diretora disse que, além do salto de internações por causa da Covid, há uma procura grande para cirurgias eletivas, comparativamente a março de 2019, quando não existia a pandemia. Com isso, houve um “engarrafamento no sistema, no momento mais crítico dele”, revelou.

Segundo ela, a situação da saúde no Brasil é bastante complicada. “Você tem o SUS, que é forte, mas que tem uma limitação de financiamento, tendo em vista até o déficit fiscal. A perspectiva da gente aumentar o orçamento do SUS, para fazer uma saúde com mais qualidade para quem hoje depende dele, não existe esse cenário no curto prazo”, ressaltou.

No período de março de 2020 a março de 2021, as operadoras de planos de saúde que integram a FenaSaúde fizeram 196 mil internações de Covid; quase 80 mil em UTI; mais de dois milhões e 700 mil testes de RT-PCR; e cerca de 860 mil exames sorológicos. A diretora reiterou que, por exemplo, o custo de internação é muito alto e citou o valor médio das internações, que foi de R$ 33 mil, sendo que na UTI sobe para R$ 82 mil. O custo total das operadoras da FenaSaúde, com a pandemia, foi R$ 13,5 bilhões neste primeiro ano.

O presidente do Conselho, embaixador Marcílio Marques Moreira, lembrou que a crise sanitária no Brasil e no mundo afeta a população global e a economia também e que é preciso iniciativas para minimizar o impacto causado pela Covid-19 na sociedade.