A movimentação da rede de Bitcoin foi um dos temas discutidos na reunião virtual do Conselho Empresarial de Políticas Econômicas da ACRJ, realizada dia 25/03. Stefano Sergole, diretor de Distribuição da Hashdex, importante gestora de investimentos, fez uma apresentação para os conselheiros e lembrou que o preço do bitcoin teve recentemente novo recorde no valor de mercado.
“Não estamos falando de moedas. Estamos falando de inovação tecnológica e de uma rede que vale US$ 1 trilhão. Essa revolução só está começando”, destacou o executivo ao comentar que algumas empresas de tecnologias já estão diversificando seus negócios, pegando uma fatia do seu caixa e investindo nesse mercado de criptoativos.
Para Sergole, os investidores passaram a olhar o bitcoin como uma proteção contra a inflação nesses tempos de pandemia do coronavírus. Ele ressaltou ainda que a tendência é uma maior participação no mercado, principalmente após o lançamento ETF Nasdaq Crypto Index (fundo baseado no índice da gestora de criptoativos da Hashdex). O anúncio foi feito pela própria Nasdaq, que fará a negociação pela Bolsa de Valores de Bermudas.
Enquanto a pandemia, no cenário virtual, está favorecendo a movimentação da economia, no mundo real a crise sanitária continua sendo um grande desafio para a política econômica. “Mesmo com o coronavírus, a China está a todo o vapor e os EUA estão melhorando. A economia começa a alcançar um patamar bastante positivo”, analisou o presidente do Conselho, embaixador Marcílio Marques Moreira.
Segundo ele, se o pacote anunciado pelo presidente Joe Biden, de US$ 1,9 trilhão para combater a Covid e estimular a economia, for aprovado, haverá dinamismo não só na economia norte-americana como em todo o mundo.
Os conselheiros avaliaram sinais favoráveis para o Brasil com as previsões que o país terá crescimento do PIB na casa dos 3% em 2021. Mas que, apesar dessa expectativa, o Brasil não continua bem nessa pandemia, já que o país se atrasou muito em tomar algumas decisões. Eles se mostraram preocupados com os anúncios de privatizações, inclusive dos Correios em função do grande número de funcionários, que chega a 100 mil.