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Diversidade pode representar vantagem competitiva para as empresas

A discussão sobre diversidade corporativa é fundamental, e pode impactar até na performance financeira e na capacidade de inovação das empresas. A afirmação foi feita durante o 1º Seminário Nacional ACRJ de Diversidade nas Empresas, realizado virtualmente pelo Conselho Empresarial de Governança e Compliance da ACRJ, nesta sexta, 4/9. “É preciso avançar no debate ético sobre Diversidade nas Empresas. Nesse sentido, convido os palestrantes para registrarem suas últimas pesquisas e dados em nossa Revista. As políticas públicas e corporativas podem contribuir muito para o avanço dessa agenda”, afirmou o presidente do Conselho, Humberto Mota Filho.

“As empresas que mais investem em diversidade, tanto de gênero quanto étnica, têm performance financeira maior do que outras empresas. Falar de diversidade é falar de vantagem competitiva também”, afirmou uma das palestrantes, a professora da PUC-Rio e consultora da PARES – Estratégia e Desenvolvimento, Mariana Brunelli. Segundo ela, os benefícios desse tipo de iniciativa nas empresas são “múltiplos e positivos”.

“Diversidade é um mecanismo saudável se bem administrado e importante para os negócios. Empresas mais diversas registram o dobro de patentes. Isso é um indicador na métrica de inovação. É um fator diferencial”, reforçou. Ela ainda apresentou formas efetivas de realizar essa integração e os desafios desse tipo de política.

As relações de poder e diversidade, com foco em questões raciais, foram o tema da palestra da co-fundadora e CEO da Be People, Marie Bendelac Ururahy. Ela relatou uma experiência na qual presenciou um incidente marcado por racismo e seu aprendizado com a ocasião. “Aprendi que não era culpa de ninguém, mas se tratava de uma questão estrutural, cultural. Se vemos poucas mulheres nas lideranças, pessoas negras menos ainda. Eu não tinha consciência de que quando nascemos brancos nascemos privilegiados. Não temos as mesmas oportunidades”, afirmou.

Marie apontou pesquisas que evidenciam o fato de homens negros serem pagos em torno de metade de um homem branco nas empresas, enquanto mulheres negras não recebem nem um quarto do valor recebido por um homem branco em seus salários; “Precisamos ter cuidado de dar voz a todos, dar visibilidade a todos”, destacou.

O Compliance Officer da Total E&P do Brasil, Ulisses Martins, deu detalhes sobre o programa de empoderamento das mulheres na empresa, chamado “Programa TWICE da Total”. O objetivo da iniciativa, que já conta com cerca de 3 mil membros, é contribuir para o desenvolvimento profissional de mulheres que trabalhem na Total. “O TWICE está aberto a qualquer mulher do Grupo Total, independentemente do cargo”, explicou.

A coordenadora no Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, Vera Elias, comentou sobre a diversidade nos conselhos de administração das empresas. “Diversidade é muito importante, principalmente nos conselhos, que são os órgãos máximos das organizações, fazendo com que essa cultura se espalhe por toda a empresa”, disse. De acordo com ela, a inclusão de diversidade nessa esfera empresarial possibilita tomadas de decisões mais precisas, além de impactar positivamente na reputação da marca e melhorar a governança corporativa.

As apresentações estão disponíveis na página de publicações em nosso site. Veja o seminário na íntegra em nosso canal de Youtube através desse link.