O compliance deve ser uma jornada de transformação cultural. A análise é do superintendente de compliance da Neoenergia, Roberto Medeiros dos Santos, que fez uma palestra sobre o desafio de implementar um programa de integridade em uma empresa de energia.
Durante o encontro, promovido pelo Conselho Empresarial de Governança e Compliance, nesta sexta-feira, 4 de outubro, o superintendente apresentou o impacto que a cultura organizacional – que pode ser definida como um conjunto de hábitos e normas em uma entidade – teve na Neoenergia. De acordo com ele, a experiência da empresa evidencia que compliance tem tudo a ver com cultura organizacional e que foi fundamental para a implementação da cultura da integridade na companhia.
Roberto Medeiros dos Santos afirmou que um programa de compliance deve ser construído e implantado de forma aderente à cultura e às necessidades da organização. Ele ressaltou que o desafio na implantação de um programa de integridade é encontrar o foco adequado para cada realidade empresarial.
Para o superintendente, há duas abordagens possíveis. O primeiro trata da aplicação da lei, com a empresa exercendo controle com mais regras, “pressupondo que as pessoas tendem a agir de forma errada”. A outra enfatiza a transformação da cultura dentro da empresa, com mais inovação, cooperação, agilidade e eficiência, com uma perspectiva estratégica que leva em conta valores e confiança nas pessoas.