A Associação Comercial do Rio de Janeiro recebeu, nesta sexta-feira, 9 de agosto, o Presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para o Almoço do Empresário. Ao público presente no salão do 14º andar da Casa de Mauá, Castello Branco falou sobre as perspectivas para o futuro da estatal petrolífera, destacando que o estado do Rio de Janeiro terá papel crucial na produção da commodity nos próximos anos. “O Rio de Janeiro vai se beneficiar muito, se utilizar bem a arrecadação com o petróleo. Em 2022 ou 2023, o Rio de Janeiro será o terceiro maior produtor de petróleo e gás das Américas”, afirmou.
Castello Branco foi recebido pela Presidente da ACRJ, Angela Costa, que demonstrou otimismo com o futuro da companhia. “Felizmente, o Brasil voltou à cena no mercado mundial de petróleo, com a Petrobras como um player importante”, afirmou. Entre as medidas previstas por Castello Branco para reposicionar a Petrobras nesse contexto, ele destacou que a empresa deve investir, só no Rio de Janeiro, US$ 54 bilhões nos próximos cinco anos, com foco na exploração do pré-sal e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A rota 3, que vai conectar uma nova rede de gasoduto de gás do pré-sal, está sendo construída no local. O projeto vai custar US$ 4 bilhões. Castello Branco ainda detalhou que US$ 20 bilhões serão investidos na Bacia de Campos.
Ele ainda explicou que a empresa está trabalhando na redução de custos, com o intuito de se preparar para eventuais cenários de preços globais do petróleo na casa dos 50 dólares/barril. De acordo com ele, é fácil trabalhar com preços elevados da commodity, mas é necessário se precaver diante da volatilidade do mercado. “Se a empresa não tem custos baixos, a única solução é ir a uma igreja, uma sinagoga, para pedir para o preço aumentar”, disse o executivo, que complementou: “Estamos nos preparando para viver bem com preço de 50 dólares, talvez até menos.”
O Presidente da estatal encerrou sua apresentação afirmando que a Petrobras será diferente no futuro, ao focar em suas capacidades e competências tradicionais. De acordo com ele, o objetivo é competir com as maiores empresas de petróleo do mundo.