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O Rio pede socorro

O Rio pede socorro

Prefeito do Rio e governador do Estado precisam se sentar à mesa e criarem um programa comum de emergência. E este deve ser levado ao presidente da República, que, afinal, foi o deputado mais votado da cidade e do Estado por muitas legislaturas. O Rio não pode continuar a sofrer, a virar sucata, depois de tantos esforços e sacrifícios. E muitas vitórias obtidas – pelo seu povo, sua gente ordeira e trabalhadora, seus empreendedores, seus bons políticos- que sempre existiram- e bons gestores – que já conquistamos, graças a Deus!


Não podemos continuar sitiados nos nossos acessos pela BR-040, com a vergonha da nova subida da serra, que está se deteriorando e os usuários pagando pedágio, da descida da serra das Araras, na Dutra, com traçado dos anos trinta, dependendo de justa autorização ambiental para a nova pista, ao lado da existente, na subida. Tudo simples para um ministro dinâmico e racional, como o do Meio Ambiente Ricardo Sales.

O Arco Metropolitano, entre Itaboraí e Guapimirim, é deprimente pelo abandono de mais da metade da obra, mesmo sendo fundamental para fazer ressurgir o COMPERJ. A Avenida Brasil é uma vergonha, com obras lentas e ocupação que deprime, humilha e indigna a população. Falta autoridade, e até caridade.

O Rio tem relevância nacional, apesar de tudo que tem sofrido. É a capital histórica do Império e da República, centro cultural, sede de grandes empresas públicas e privadas, principal referência turística do Brasil, sede de entidades de pesquisas e estudos do porte do CENPES, CNEN, OSWALDO CRUZ, CEPEL, ABL, IHGB e ESG, entre outros.

Com um pouco de apoio e união, poderemos recuperar a posição de referência como centro médico – o que o setor privado vem fazendo –, financeiro, como sede natural das operações de câmbio (BB e BC), como até recentemente, e revitalizar seus portos.

Equívocos na política tributária de governos anteriores prejudicaram o Aeroporto Internacional Tom Jobim pela alta taxação do combustível; a cobrança sem sentido à indústria da torrefação do café provocou o seu afastamento do Rio; a ausência de um calendário para o turismo que ocupe a rede hoteleira já provoca o fechamento de atividades em estabelecimentos tradicionais, como o caso do Hotel Novo Mundo e o abandono do Gloria.

É preciso investir no esporte, na música – aproveitando o Municipal e a rede privada, atualmente, carente de grandes espetáculos – e na promoção cultural, hoje, praticamente confinada às artes plásticas. Podemos voltar a ser o centro da moda, dos tempos de Zuzu Angel, Mena Fialla, Mme Sirkis, Mme Françoise, José Ronaldo e Guilherme Guimarães, entre outros.

Temos instrumentos capacitados para tudo, temos quadros. Falta vontade e sabedoria política, prioridade ao desenvolvimento, que é o que gera renda, empregos, progresso e segurança. E até votos.

Presidente, governador e prefeito, salvem o Rio que os elegeu!

Aristóteles Drummond
Benemérito e Vice-Presidente da ACRJ