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Um Rio de Oportunidades

Um Rio de Oportunidades

O título de Cidade Maravilhosa é único, é real, é do Rio de Janeiro e, isso, ninguém tasca. Somos um Estado geograficamente exuberante, culturalmente eclético, economicamente diversificado e, naturalmente, solidário e feliz. Mas é claro que há uma crise assolando suspiros de esperança e perguntando que futuro terão os cidadãos fluminenses. Este questionamento é válido e necessário, e trouxe como benefício o despertar dos cariocas de que o Rio de Janeiro não pode ser apenas uma cidade maravilhosa por convicção, mas sim por competência, eficiência e produtividade.

Se considerarmos que toda crise é uma oportunidade de evolução, estamos num mar de oportunidades. Parece antagônico e é. Tivemos Governos desgovernados e governantes que padecem de um mal que parece que não se cura: o da irresponsabilidade com a população. Quando, na verdade, eles deveriam zelar e cuidar dela.

Salários em dia, saúde, segurança e educação são fatores primordiais para o desenvolvimento e estamos assistindo de camarote, há muitos anos, a queda destes setores e com um agravante, não há previsão de reação imediata concreta e eficiente dos nossos Poderes. Mas é preciso reagir. Se não com eles, sem eles.

Desde que fui convidada para participar do Conselho Empresarial de Esportes da ACRJ, tive o prazer de compartilhar ideias e conhecer os objetivos dos mais variados Conselhos, que vão desde saúde, educação e meio-ambiente, até tecnologia, turismo e transporte, para citar apenas alguns. Todos com extrema relevância e com pessoas motivadas a mudar o quadro de apatia cidadã que transborda nos dias atuais.

Mas é preciso mais, é fundamental o apoio e a força dos moradores da cidade, da Justiça, das empresas, enfim, todos os diretamente afetados. Precisamos ter liberdade para sair e comprar o pão fresquinho e voltar para casa acompanhado do jornal embaixo do braço com um pensamento: “Que lindo dia, estou no Rio, cidade maravilhosa!”. É necessário reconquistar nosso brilho nos olhos e o orgulho de viver aqui e transmitir essa energia ao turista recém-chegado. Eu nunca li aquele livro “O Segredo”, mas resumidamente, pelo que ouvi falar, o segredo está em mentalizarmos  a mudança, pois a lei da atração gera o que desejamos, e se desejarmos um Rio melhor, teremos uma cidade melhor.

Pense no que você pode fazer para melhorar sua vizinhança, que cuidados você pode ter com o jardim da sua rua, que gentileza você pode fazer para alguém (conhecido ou não) sem ter em mente nenhuma contrapartida. Criar um movimento de empatia solidária é essencial para levar esta maré indesejada para longe daqui. Não sei se é porque fui atleta, não sei se é porque vejo o Lars Grael, que preside o Conselho de Esportes da ACRJ, como o fiel depositário do pensamento “desistir nunca, render-se jamais”, que considero que esta seja a mensagem mais contundente para a nossa sociedade.

Não podemos desistir do Rio de Janeiro, não podemos render-nos às más praticas da governabilidade. Precisamos encarar os problemas de frente, com muita responsabilidade, atuando diariamente para que pequenas mudanças ocorram em nossas vidas, em nosso Estado. Precisamos acreditar que depois do maremoto vem a maré mansa, mas que mesmo que o mar esteja calmo, é preciso limpar e cuidar de tudo que foi destruído durante a passagem que foi repleta de destruição.

Não temos mais como resgatar o tempo perdido, mas o Rio de Janeiro tem como conquistar um novo futuro. Depende de mim, depende de você, depende da união de todos nós. Estamos vivendo um Rio de oportunidades, acredite que o cenário pode mudar.

Fabiana Bentes,
Vice-presidente do Conselho Empresarial de Esportes da ACRJ