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Anthony Garotinho defende sua experiência como aliada para governar o Rio

O candidato do Partido Republicano Progressista ao Governo do Rio, Anthony Garotinho, esteve na manhã desta sexta-feira, dia 31, na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), para palestra na série ‘Rio em Debate’.  Intitulando-se como social democrata, Garotinho afirmou que o estado é viável, mas defendeu que os eleitores precisam eleger uma pessoa preparada, principalmente por conta da situação complexa em que o Rio de Janeiro se encontra.  A presidente da casa, Angela Costa, abriu o evento ressaltando que a instituição estará ao lado do novo governador eleito, independente de partidos ou convicções, para buscar a estabilidade social, econômica e política. Na ocasião, entregou a Agenda Positiva com as contribuições dos Conselhos Empresariais da ACRJ em várias áreas, pedindo atenção especial ao item sobre ambiente de negócios.

Garotinho voltou ao passado para fazer uma analogia com o presente. “Em 1998, assumi o Rio em uma situação similar: dívida alta, atrasos na folha de pagamento e venda de ativos à iniciativa privada para fazer girar, minimamente, a máquina pública. Hoje, temos um aprofundamento dos problemas, por conta de uma série de medidas descabidas e sem mais o que ser colocado à venda”, detonou. Dentre as ações que culminaram no agravamento da crise, destacou o alargamento dos incentivos fiscais pelos governos de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão. “Vou suspender todos os incentivos fiscais, só vão ficar os necessários para gerar empregos e agregar valor para a economia”, adiantou. “O Estado perdeu R$183 bilhões com a concessão de incentivos mascarando outros objetivos” complementou.

Ainda sobre dívidas, Garotinho falou de R$ 10 bilhões devidos, referentes aos eventos esportivos sediados no Rio. “Esse esqueleto está guardado, mas uma hora terá de sair do armário”, especulou. Sobre o Regime de Recuperação Fiscal desenhado para o Rio, Garotinho afirmou ser impossível cumpri-lo. “É um verdadeiro roteiro de humor. Será necessário recapitalizar o Fundo de Previdência e retirar a folha de pagamento do colo do estado. Teremos um período inicial de tensão para renegociar as contas, voltar a pagar fornecedores, mas isso tudo não é para amador, cada um deve fazer o que sabe. Eu tenho convicção de que posso voltar a governar o Rio, porque me preparei para isso. Perdoem-me se ultrapasso os limites, mas os eleitores precisam ouvir não o que querem, mas o que é necessário”, enfatizou.

Sobre uma possível privatização da Cedae, foi enfático: “não há como privatizar a Cedae, porque ela tem uma função pública insubstituível no fornecimento de água à população, que é um direito universal previsto na Constituição. O estado não deve se meter em tudo, mas não pode sair de tudo. Claro que há exemplos de locais que deram certo com a privatização no fornecimento de água, mas há outros que estão estudando a reestatização do sistema de água e esgoto, como a Inglaterra. É preciso estudar a regra e muitas vezes só querem estudar a exceção. Enfim, não dá para analisar tudo como se todas as situações fossem iguais, é preciso estudar caso a caso”.

Quanto à questão da educação, ressaltou que, se eleito, a Faetec será responsável por implementar uma rede de ensino técnico e tecnológico. “Dezesseis milhões de postos de trabalho vão sumir, mas outros tantos vão surgir com os novos tempos”, declarou.

Textual Comunicação
Assessoria de Imprensa da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ)
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