O Carnaval e seus diversos aspectos – cultural, econômico, turístico e artístico – foram tema de debate durante o seminário promovido pelo Conselho de Cultura da ACRJ, dia 26 de março. O encontro reuniu especialistas, estilistas, artistas e produtores culturais da maior festa popular do Brasil.
A abertura do evento contou com a participação do presidente da ACRJ, Josier Vilar, do benemérito Aldo Gonçalves, e dos presidentes do Conselho de Cultura, Sérgio da Costa e Silva, e do Conselho de Comunidades, Novos Negócios e Economia Solidária da ACRJ, Celia Domingues. O debate foi dividido em três painéis: Histórias do Brasil na boca do povo, As Escolas de Samba e suas comunidades e Customização: moda e Carnaval.
Falando sobre as Escolas de Samba e suas comunidades, Célia Domingues, que também é diretora da Mangueira, destacou o potencial, não só cultural do Carnaval, como também sua força junto ao turismo e, principalmente, à economia e aos negócios do Rio de Janeiro.
A carnavalesca Maria Augusta focou sua apresentação na contribuição do Carnaval para a história do Brasil, relembrando enredos e sambas-enredos das Escolas de Samba cariocas que abordaram personagens e fatos históricos. Ela citou os do Salgueiro sobre Xica da Silva e Chico Rei e do Império Serrano sobre Tiradentes, entre outros.
O presidente da Federação da Indústria Criativa Cultural do Carnaval do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Firmino, fez um balanço sobre os investimentos no evento deste ano, ressaltando que o governo do Estado investiu R$ 60 milhões não somente no Carnaval, mas nos diversos eventos promovidos no estado.
O conselheiro Bruno Teté falou sobre seu trabalho acadêmico, contextualizando a festa do Carnaval com a história do samba, o surgimento das agremiações e o envolvimento das comunidades na produção do evento.
O painel da Moda contou com Celina de Farias, presidente do Conselho Internacional do Instituto Zuzu Angel e membro do Conselho de Cultura, e a estilista e figurinista Roberta Aguiar, abordaram a moda na maior festa popular do Brasil. Elas mostraram os materiais mais utilizados pelo Instituto no processo de customização das peças, as aplicações e ações sustentáveis e as criações personalizadas para as marcas.
Encerrando o evento, Sergio da Costa e Silva agradeceu ao conselheiro Haroldo Costa, ausente por motivo de saúde, pela montagem do Seminário e ressaltou a importância do carnaval, “que não acaba na quarta-feira, mas dura o ano inteiro, mostrando o outro lado do carnaval e seu reflexo na economia criativa, movimentando os negócios do Rio de Janeiro e do país sob todos os aspectos além de projetar a cidade internacionalmente”, finalizou.