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Crise internacional foi o principal tema debatido na reunião do Conselho Empresarial de Políticas Econômicas da ACRJ

A crise entre os Estados Unidos e a China dominou as discussões da reunião do Conselho Empresarial de Políticas Econômicas da Associação Comercial do Rio de Janeiro, realizada no dia 12 de setembro. Para os conselheiros da ACRJ, o impasse está longe de terminar, levando ainda mais à oscilação dos mercados e a retomada possível, mas ainda não provável, do processo inflacionário nos EUA.  

Apesar do consumo interno norte-americano continuar aquecido, houve leve alta da inflação em julho de 2019, se comparada a de agosto de 2018. Pela avaliação dos conselheiros, mesmo com esse aumento da inflação, é alta a probabilidade de corte nas taxas de juros devido à incerteza criada a partir da guerra comercial na China. Eles lembraram que o Banco Central Europeu (BCE) reduziu as taxas, sem ainda obter os efeitos desejados. O BCE lançou outras medidas para conter a possibilidade de queda preocupante do crescimento, ao anunciar compras de títulos para incentivar a baixa atividade crescimento na zona do euro.

Outros pontos debatidos na reunião dos conselheiros foram a possibilidade de a Alemanha entrar em recessão técnica e o Brexit. “O Brexit virou uma Caixa de Pandora que ninguém sabe como enfrentar. O problema não afeta só a Inglaterra, mas toda a região europeia e a nós também”, afirmou o presidente do Conselho Empresarial de Políticas Econômicas da ACRJ, embaixador Marcílio Marques Moreira. 

Sobre o Brasil, os conselheiros ressaltaram que o país poderia ser beneficiado com a crise internacional, porém, a percepção de risco é grande em função da insegurança jurídica apesar da estabilidade cambial, podendo atingir a qualidade dos investimentos. Mencionados, também, foram a questão da Amazônia e o teto dos gastos públicos, entre outros temas a serem aprofundados nas próximas reuniões mensais.