A Associação Comercial do Rio de Janeiro recebeu, no dia 13 de junho, o ministro decano do STF, Gilmar Mendes, para o tradicional Almoço do Empresário. Cerca de 250 pessoas, entre empresários, políticos e gestores públicos e privados, além de jornalistas, participaram do evento.
Antes do almoço, Gilmar Mendes foi homenageado pelo presidente da ACRJ, José Antonio do Nascimento Brito, e o presidente do Conselho Superior, Marco Polo Moreira Leite, com a medalha Bicentenário Visconde de Mauá, maior honraria oferecida pela casa a personalidades do país. “Eixo de grande segurança e tranquilidade, principalmente num momento como o que estamos vivendo. Um homem que não se intimida com a opinião pública, o que é muito importante”, disse Nascimento Brito ao descrever o ministro.
“A advocacia do país tem uma grande dívida por sua atuação, ao proteger as nossas garantias”, disse o vice-presidente Jurídico da ACRJ, Daniel Homem de Carvalho. Ele ressaltou que “muito se fala em politização do Supremo, mas que é importante lembrar que já houve, em outros momentos, grandes ministros políticos, a exemplo de Evandro Lins e Silva”. O presidente do Conselho Empresarial de Assuntos Jurídicos e Estratégicos da Associação, Luiz Gustavo Bichara, acrescentou que Gilmar Mendes possui a capacidade de ser contramajoritário. “Sempre foi a voz do pensamento crítico e nunca se seduziu pela opinião pública e publicada. Tenho certeza que Vossa Excelência tem um lugar na história do país”, disse o presidente do Conselho.
Após receber uma segunda medalha da Casa, em comemoração à sua visita, Gilmar Mendes agradeceu as homenagens recebidas e fez um breve relato da história da associação para reafirmar a importância da ACRJ para o país. O ministro abordou alguns pontos sensíveis, enfatizando o Novo Marco Legal do Saneamento, o que, em sua opinião, foi um exemplo bem-sucedido de política pública. “Faço votos de que, nessa área, o Rio de Janeiro sirva como laboratório de políticas públicas”, declarou Gilmar Mendes.
O ministro do STF lembrou ainda que o país foi um dos pioneiros, entre os emergentes, a adotar uma Lei de Responsabilidade Fiscal. “Em seus mais de 20 anos de atuação, (a lei) trouxe ferramentas importantes para o país, mas a responsabilidade fiscal não se basta (…). É preciso que se desenvolva entre nós um modelo de responsabilidade social com metas”, ressaltou o homenageado.
A palestra na íntegra está disponível no Canal ACRJ Divulga. Acesse aqui
Fotos Adolfo Castro