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ACRJ recebe Sergio Moro durante almoço com empresários

O tradicional Almoço do Empresário, evento realizado pela Associação Comercial do Rio de Janeiro, recebeu no dia 29 de março o ex-juiz e pré-candidato à Presidência da República Sergio Moro. Para uma plateia formada por empresários, gestores públicos e jornalistas, Moro falou por quase duas horas sobre seu projeto de governo, caso venha a ser eleito.

O presidente da ACRJ, José Antonio do Nascimento Brito, destacou a importância do espaço para o debate construtivo e a intenção de receber, já nos próximos meses, os demais pré-candidatos à Presidência da República e ao governo do Estado. “É cada vez mais importante que tenhamos essa troca com nossos gestores para que as decisões políticas sejam tomadas de forma a atender às demandas reais da população e do empresariado brasileiro”, pontuou Nascimento Brito.

“Todos nós crescemos ouvindo falar que o Brasil era o país do futuro, mas a gente não vê esse futuro chegando e, no fundo, se pergunta: será que o melhor do Brasil já veio, já passou, será que nós estamos aqui num momento de decadência?”, refletiu Moro sobre a atual situação do país.

O pré-candidato ressaltou que há várias iniciativas Brasil afora que funcionam e prosperam, mas a economia de uma forma geral não acompanha esse movimento e citou o exemplo da Alemanha, de onde acaba de voltar. Segundo Moro, o que se discute por lá, além da guerra na Ucrânia, é sobre energia. Ele destacou ainda que “o Brasil tem um potencial de crescimento incrível”, principalmente com os parques de energia eólica e solar na Região Nordeste.

“Se fala hoje do desenvolvimento de nova espécie de combustível que o Brasil pode se tornar exportador, que o hidrogênio verde, uma tecnologia de 2 a 5 anos para estar comercialmente interessante e o Brasil pode exportar e ter parceiros no mundo”, explicou.
Nas palavras de Sergio Moro, não existe uma “bala de prata” para resolver os problemas, nem um salvador da pátria. O que funciona, para o pré-candidato, é planejamento, dedicação e esforço. “É isso que a gente tem que fazer na educação, na saúde e na segurança pública, ter as ideias certas, coragem e ousadia para vencer os obstáculos”.

Moro ainda citou a necessidade de “reformas modernizantes”, de responsabilidade fiscal e social e das privatizações. “Tem que privatizar. Pode-se discutir o modelo, como se vai fazer para não trocar o monopólio público por um privado, ou colocar essas empresas na mão de alguma espécie de oligarquia”, defendendo que crescimento econômico vem do setor privado, e que a responsabilidade do governo é gerar um ambiente de negócios favorável ao investimento, ao negócio, à prosperidade e ao emprego.
Em seguida, integrantes da diretoria da ACRJ fizeram perguntas e observações a Sergio Moro. O vice-presidente de Mercado e Comunicação, Daruiz Paranhos, pontuou sobre a necessidade de investimentos em cultura no país. Para Irini Tsouroutsoglou, vice-presidente da casa e presidente do Conselho Empresarial de Competitividade, Ambiente de Negócios e Agronegócio, é importante que o próximo governo invista em inovação para viabilizar o crescimento econômico. Lars Grael, presidente do Conselho Empresarial de Esportes, lembrou da importância do ensino de Educação Física nas escolas e lamentou a extinção do Ministério dos Esportes. O presidente do Conselho Empresarial de Políticas Econômicas, Marcílio Marques Moreira, reclamou do que chamou de uma falta de sede pela modernidade. “As políticas hoje apresentadas são ultrapassadas, do Século XIX”, disse. Para cada uma dessas pontuações, Sergio Moro apresentou suas propostas.

A palestra na íntegra está disponível no Canal ACRJ Divulga, no YouTube. Acesse aqui