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Cinco milhões de brasileiros já estão no metaverso

Os Conselhos Empresariais de Educação e de Inovação, Comunicação e Tecnologia da ACRJ realizaram uma reunião conjunta, a primeira presencial e a última do ano, e promoveram, dia 14/12, a palestra da advogada do escritório Demarest, Camila Garrote. Ela fez uma apresentação sobre o metaverso e informou, com base em uma pesquisa do Ibope, que cinco milhões de brasileiros já estão nesse mundo virtual que tenta fazer uma réplica da nossa realidade por meio digital.

Camila Garrote comentou que, conforme a pesquisa, “91% dos brasileiros, que já transitaram em algum ambiente virtual autônomo são aqueles que procuram acompanhar e experimentar as novas tendências tecnológicas disseminadas através da internet”.

Ela explicou os conceitos do metaverso e contou que foi criado por Neal Stephenson, um escritor de ficção científica, que colocou o termo em seu primeiro romance best-seller Snow Crash, de 1992. No romance, o personagem Hiro é um entregador de pizza no mundo real e no virtual é um príncipe guerreiro. Quase 30 anos depois, no Brasil, uma startup brasileira quer levar famosos ao metaverso com NFTs (“um tipo de token criptográfico que representa algo único”) e avatares, como foi feito com a apresentadora Sabrina Sato, que criou a influenciadora digital Satiko.

A advogada ressaltou que esse universo já se encontra, além dos games, na moda, no futebol e em várias economias do mundo digital. Camila Garrote mencionou, como exemplo na moda, o lançamento de um aplicativo de uma marca internacional com “serviço de realidade aumentada que possibilita experimentar um tênis”. Dentro das novas oportunidades, ela citou desde um app de namoro até “empresas do setor imobiliário digital que pagam milhões de dólares por terrenos nesse ambiente virtual”.

“Cada vez mais as pessoas que forem para o mundo virtual, mais sentirão necessidade. Ninguém sabe o sucesso que vai ser. É uma aposta, o mundo do metaverso”, acrescentou. Além das vantagens, há desafios a serem enfrentados, como a propriedade intelectual (marca e direitos autorais, por exemplo), e piratarias e cópias.

O presidente do Conselho de Inovação, Comunicação e Tecnologia, Caio Rainerio, avaliou que as facilidades trazidas são impressionantes. “O mundo nunca mais será o mesmo. Imagine uma pessoa que não pode sair de casa por problemas de saúde e, através do metaverso, poder viajar. Vai ser incrível”, destacou.

O presidente do Conselho de Educação, Paulo Milet, comparou a chegada desse universo virtual com o início da internet, quando tudo parecia que ia demorar anos e houve uma agilidade surpreendente. “A imaginação não vai ter limite, não vai ter fronteira”, analisou.

O vice-presidente dos Conselhos Empresariais da Associação Comercial, Alberto Blois, foi além. “Com o rápido avanço da tecnologia daqui a pouco será preciso integrar os metaversos, que poderá se transformar em um multimetaverso, com as várias tarefas que seriam realizadas por uma só pessoa sendo feitas e estando presentes no mesmo momento”, concluiu.

O grupo se reuniu pela primeira vez este ano