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PIB bem menor em 2022, Selic em alta no Brasil, inflação persistente aqui, nos Estados Unidos e Europa

O Conselho Empresarial de Políticas Econômicas da ACRJ realizou sua última reunião de 2021, dia 09 de dezembro, e avaliou a conjuntura econômica nacional e internacional. Durante o encontro online, que contou com a participação do presidente da Associação Comercial, José Antonio do Nascimento Brito, os conselheiros destacaram a retomada da inflação nas grandes potências, os comportamentos do PIB e da Selic, o aumento do nível do trabalho formal no ano e o crescimento da taxa de investimento.


O conselheiro Paulo Gurgel Valente fez uma apresentação mostrando um resumo do que aconteceu na economia em 2021 e as perspectivas para o ano que vem. Esse ano, houve um “crescimento razoável do PIB, de 4,71%, em função da saída do período mais grave da pandemia, mas com uma base muito baixa, correspondente aos momentos mais críticos do lockdown em 2020. A inflação de mais de 10% corroeu o poder aquisitivo da massa de rendimentos ao mesmo tempo em que o desemprego caiu de 14,9% para 12,6%, devido á surpreendente geração, nos nove primeiros meses do ano, de nove milhões de postos de trabalho, dos quais 2,5 milhões de empregos formais. O desencontro entre a oferta de produtos e serviços, com a retomada da demanda com o encerramento do lockdown e das medidas mais restritivas da crise sanitária, desarrumou as cadeias de suprimentos”.

Para 2022, com base no Boletim Focus, a expectativa é de queda no PIB para 0,5% ao ano e pequeno acréscimo para 2023. A Selic sai de 9,25% em 2021 para 11,25% no próximo ano para reduzir a inflação a 5,0%. A taxa de juros de -0,84% irá para 5,93% e o câmbio se manterá estável. No cenário externo, a previsão, por exemplo, é que “a retomada da inflação nos Estados Unidos e na União Europeia não será um fenômeno temporário”.


O presidente do Conselho, embaixador Marcílio Marques Moreira, ressaltou que “apesar de todos os problemas houve pontos importantes para a economia brasileira, neste ano, como o crescimento da taxa de investimento, que passou de 16,4% para 19,4%”, enfatizou. Ele frisou que outro dado merece atenção, “a prematura reversão da crise hídrica, que, além de algum impacto positivo no nível dos reservatórios, tem permitido excelentes resultados para a produção agrícola, que declinara 8% no terceiro trimestre”.


No que diz respeito ao estado e a cidade do Rio de Janeiro, José Antonio do Nascimento Brito comentou que dois temas são de grande importância no momento: a expansão do Metrô, com a construção da estação Gávea, e a disposição do governo em modificar o edital do aeroporto do Santos Dumont. “O governo finalmente se dispõe a mudar o edital do Santos Dumont, para que o Galeão não sofra um esvaziamento, ainda mais em um país de dimensões continentais como Brasil, cuja estrutura aérea é importantíssima. Não pode jogar fora toda a infraestrutura que tem ali dentro do Galeão”, disse ao enfatizar que houve uma mobilização muito forte e que o governo entendeu a relevância do aeroporto para a economia brasileira. O assunto envolve o Santos Dumont, que teria suas operações limitadas para não piorar ainda mais a situação de esvaziamento do aeroporto internacional Tom Jobim.