O artista plástico Carlos Vergara foi o convidado da reunião do Conselho Empresarial de Cultura da ACRJ, dia 12 de novembro, quando falou sobre sua trajetória nas artes plásticas e na fotografia e destacou o potencial transformador da aproximação entre o meio artístico e o setor empresarial. “Essa parceria pode ser muito rica, baseada em troca de ideias, amizade e colaboração”, disse.
A reunião, coordenada pelo presidente do Conselho de Cultura, Sérgio Costa e Silva, e o vice, Reinaldo Paes Barreto, contou com a participação ativa dos conselheiros, além da presença do presidente da ACRJ, Josier Vilar; do presidente do Conselho Superior, Ruy Barreto Filho; do vice-presidente dos Conselhos Empresariais, Juedir Teixeira.

Carlos Vergara compartilhou com os conselheiros da ACRJ o desejo de abrir seu ateliê ao público, tornando-o um espaço acessível e educativo. Já existe, de acordo com ele, um projeto elaborado que prevê adaptações de mobilidade, ações voltadas a estudantes e cursos de formação, além da criação de um programa educativo e de pesquisa e a publicação de um livro sobre sua trajetória e processo criativo.
Durante a conversa, ele contou suas várias experiências no Brasil e no exterior, as exposições que já fez e ressaltou a importância do apoio institucional e da participação de empresas que possam se associar ao apoio à cultura em geral e ao seu projeto, em particular. “Com recursos próprios é difícil, mas talvez uma grande empresa se interesse em apoiar algo que tem caráter público e educativo”, comentou.

O presidente da ACRJ, Josier Vilar, agradeceu a presença do artista, a quem chamou de “um gigante da arte brasileira”. Ele destacou a contribuição de Vergara para a cultura nacional e traçou um paralelo com o Barão de Mauá, patrono da Casa de Mauá, sede da Associação, e gaúcho, como o artista. “Assim como Mauá, que escolheu o Rio de Janeiro para viver e transformar o país, o senhor representa o espírito criativo e empreendedor que queremos valorizar nesta cidade”, afirmou.
Sérgio Costa e Silva acrescentou que o encontro reforçou a vocação da ACRJ como espaço de diálogo entre cultura e desenvolvimento econômico, reconhecendo que a arte, quando integrada à visão empresarial, é também um vetor de inovação e de transformação social. Ele também comentou sobre a nova visão do Conselho, que, pelo terceiro mês consecutivo, “está trazendo o outro lado da cultura, apresentando o lado artístico de várias manifestações culturais”, destacou.

Sobre o artista
Nascido em Santa Maria (RS) em 1941, Carlos Vergara é um artista plástico brasileiro que se destaca como pintor, gravador e fotógrafo. Iniciou sua trajetória nos anos 60, incorporando elementos da cultura pop e passou a ser conhecido por sua versatilidade e experimentação contínua com diversas técnicas e materiais. Trabalhou como assistente de Iberê Camargo, a quem considera um grande mestre e de quem absorveu o rigor e a disciplina no processo artístico. A obra de Vergara é marcada pela inquietação e pela busca constante por novos caminhos. Ele se descreve como um artista viajante, que busca registrar o mundo ao seu redor através de suas viagens e vivências. Carlos Vergara vive e trabalha no Rio de Janeiro, mantendo-se como um dos artistas brasileiros mais relevantes e ativos, com mais de cinco décadas de contribuição para a arte nacional.
Prêmio de Cultura
O Conselho também recebeu Fernando Portilho, que falou sobre sua experiência na produção de prêmios, em especial o Prêmio Esso de Jornalismo, e a proposta de criação de uma premiação da ACRJ voltada para a área cultural. A partir desta proposta, o presidente do Conselho informou que já existe o Prêmio Barão de Mauá, realizado há alguns anos pela ACRJ, e sugeriu que o assunto tenha continuidade com as conselheiras Maria Luiza Nobre, ausente desta reunião, mas que já coordenou o prêmio no passado, e Andrea Löfgren.
