O Conselho Empresarial de Logística e Transporte da ACRJ realizou, dia 16/10, sua reunião mensal aberta pelo presidente do Conselho, Eduardo Rebuzzi. A pauta do encontro incluiu a palestra sobre o Plano de 100 dias e as obras constantes no Edital da BR 040/495 (Rio-Juiz de Fora), apresentada por Alcimar Pena, gerente de conservação e manutenção da Elovias, e um debate conduzido pelo vice-presidente do Conselho, Delmo Pinho, sobre a concessão da BR-393 (ex-Rodovia do Aço) e a situação atual das demais concessões federais de rodovias no estado do Rio de Janeiro. Outro ponto em destaque foi o encaminhamento do assunto relativo à Linha 3 do Metrô, associada a finalização da Linha 2, trecho Estácio-Carioca, com apenas 3km de extensão, reforçando a importância de manter esforços para priorizar o projeto, mesmo após a perda da sede do Pan 2031.
Alcimar Pena mostrou que o plano da Elovias, nova concessionária da Rodovia BR-040 visa dar início imediato às melhorias estruturais e operacionais da rodovia Rio-Juiz de Fora, com o objetivo de reduzir riscos imediatos de acidentes com ações emergenciais no pavimento, na drenagem e na sinalização, a construção de três túneis, 13 viadutos, 12 passarelas e 32 pontos de ônibus, ciclovias e 13 correções de traçado, entre outras melhorias. Ele apresentou os principais dados da concessão, que tem prazo de 30 anos e abrange 218,9 km de extensão da BR-040 nos trechos entre Juiz de Fora (MG) e o Trevo das Missões (RJ) e a BR-495 (Itaipava – BR040/RJ).
A concessão anterior, de acordo com Delmo Pinho, firmada há cerca de 16 ou 17 anos, previa um prazo total de 25 anos e incluía compromissos claros de investimento e ampliação. Entre as obrigações originais estavam a duplicação de cerca de 28 km de pista, a implantação de 10 a 12 km de terceira faixa e a construção de três contornos para desviar o tráfego das áreas urbanas e reduzir o impacto sobre os municípios cortados pela estrada. Na nova modelagem, ainda em finalização, as obras foram de aumento de capacidade estão muito reduzidas e podem ser consideradas altamente insuficientes”, informou.
A conclusão dos conselheiros é de que trata-se de uma situação crítica, que compromete a segurança, a mobilidade e a eficiência logística de uma das principais vias federais de ligação do estado do Rio de Janeiro.
Encerrando a reunião, ficou decidido que será refeita a carta a ser enviada ao governador Cláudio Castro e aos prefeitos do Rio, Eduardo Paes, e de Niterói, Rodrigo Neves, reforçando a necessidade e a urgência de retomar o projeto da linha 3 do Metrô, “que, pela sua concepção e abrangência, mostra-se ainda mais promissora e estratégica para o sistema de transporte metropolitano”, completou Delmo.
