Conselhos Empresariais
Josier Vilar, Leandro Tavares e Jorge Raimundo

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Conselho propõe agenda pragmática para impulsionar o setor de saúde no Rio de Janeiro

O Conselho Empresarial do Ecossistema da Saúde da ACRJ realizou sua primeira reunião para o biênio 2025/27 sob a presidência do médico Leandro Tavares, que terá como vice-presidente o advogado especializado na área de Saúde, Jorge Raimundo. Novos e antigos integrantes do Conselho reúnem décadas de experiência no setor e visão estratégica para contribuir com o fortalecimento do papel do Rio de Janeiro como polo em Saúde. O encontro contou com a presença do presidente da ACRJ, Josier Vilar.

Na abertura, Leandro Tavares reforçou que a agenda comum do Conselho deve ter como pilares o desenvolvimento, a inovação, a formação de profissionais e o apoio mútuo entre as instituições. “Se ao final do ano conseguirmos resolver dez questões relevantes para o setor de Saúde, teremos gerado valor tangível e prático. Isso atrairá mais participação e uma rede ainda mais forte de cooperação”, afirmou o presidente do Conselho.

Ele adiantou que serão realizadas reuniões individuais com cada conselheiro e, a partir dessa escuta e do mapeamento de prioridades, será construída uma matriz de atividades para posicionar o Rio de Janeiro como referência nacional em gestão, inovação e serviços de Saúde.

Em sua fala, o presidente Josier Vilar defendeu o foco no desenvolvimento de três frentes estratégicas: indústria de serviços, inovação e indústria do conhecimento, aproveitando o potencial das universidades, startups e empresas já instaladas no estado. “O Rio pode se tornar referência nacional em gestão de serviços na área da Saúde, mas para isso precisamos inovar e empreender”, afirmou. E agradeceu aos membros do Conselho “que estão aqui contribuindo para construir o futuro da Associação Comercial e do Rio de Janeiro”.

Ao lado de Leandro Tavares estará o vice Jorge Raimundo, que é advogado com uma trajetória profissional ligada ao setor farmacêutico e de saúde, com participação ativa na criação da Anvisa. “Apesar de ser advogado, conheço profundamente os meandros do setor de saúde. Considero ser de suma importância pensar estrategicamente sobre o Complexo Econômico-Industrial da Saúde, buscando caminhos para tornar o Rio de Janeiro mais competitivo na atração de indústrias e centros de pesquisa”, acrescentou.

Convidado deste primeiro encontro do Conselho, o presidente da Ficoruz, Mario Moreira, pontuou alguns desafios da área da Saúde, em especial a crise que o setor enfrenta no Brasil, tanto no setor público quanto no privado, com causas e intensidades distintas. “A crise não é apenas econômica, mas política, exigindo convergência e articulação entre público e privado”, disse.

Mario Moreira: “a Saúde deve ser tratada de forma ampla

Ele destacou ainda que há consenso sobre a força econômica e social do setor de Saúde no estado, que pode impulsionar o desenvolvimento, mas para isso, acredita que “a Saúde deve ser tratada de forma ampla, considerando também infraestrutura urbana e prevenção”. Mário Moreira também reforçou a importância das parcerias público-privadas, para ajudar o país a avançar em projetos concretos, especialmente em pesquisas clínicas e terapias avançadas, e que a Fiocruz mantém acordos estratégicos com laboratórios multinacionais desde 1999 e atua em colaboração com hospitais e universidades.