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Na pauta, o transporte de carga, os acidentes de trânsito e a mobilidade na cidade

A representante da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), Fernanda Resende, foi convidada da reunião do Conselho Empresarial de Logística e Transporte da ACRJ, realizada dia 17 de julho, para apresentar o Índice de Confiança do transportador rodoviário de cargas e os resultados de um estudo sobre Acidentes Rodoviários. A reunião foi coordenada pelo presidente do Conselho, Eduardo Rebuzzi, e o vice, Delmo Pinho. Contou ainda com as presenças do presidente da ACRJ, Josier Vilar, e o vice-presidente dos Conselhos Empresariais, Juedir Teixeira.

O índice, que começou a ser medido em 2023, acompanha a percepção dos empresários do setor quanto à situação atual da economia e dos seus negócios e as expectativas para os próximos seis meses. Já foram realizadas seis rodadas da pesquisa no Rio Grande do Sul e quatro em São Paulo. No Rio de Janeiro, a 1ª rodada foi feita no segundo trimestre deste ano e, segundo Fernanda Resende, o índice de confiança no Rio alcançou 48,6%, o que indica falta de confiança, e mostrou que os transportadores de cargas do Rio estão menos pessimistas em relação aos próximos meses do ano do que nas condições atuais da economia e do seu negócio.

Eduardo Rebuzzi, Josier Vilar e Delmo Pinho

Em relação aos acidentes rodoviários, a representante da CNT apresentou dados sobre a infraestrutura rodoviária, a malha rodoviária brasileira, o aumento da frota que trafega pelas estradas do país, destacando a situação do Rio de Janeiro, que conta com 28,9% de estradas pavimentadas.

Ela também apresentou informações sobre a evolução e o custo estimado dos acidentes ocorridos em rodovias federais entre 2016 a 2024. No ano passado foram registrados 73 mil acidentes, a um custo total de R$ 16,17 bilhões. De acordo com o estudo, o investimento da União em infraestrutura rodoviária no ano passado foi de R$ 13,74 bilhões. As apresentações da CNT estão disponíveis aqui

Na segunda parte da reunião, o conselheiro João Gouveia trouxe novamente o tema dos acidentes de trânsito com motocicletas, especialmente aqueles que fazem entregas e transportam passageiros por aplicativos e o impacto nos acidentes com os ônibus da região metropolitana do Rio. O presidente Eduardo Rebuzzi adiantou que a ACRJ, através do Conselho, vai organizar um encontro com autoridades municipais e estaduais e empresários para discutir a interferência das motocicletas na mobilidade urbana e a crescente desordem no trânsito provocada por motociclistas. A iniciativa torna-se ainda mais urgente após a divulgação, pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, de uma lei que pretende regulamentar o uso das caixas de transporte popularmente associadas ao serviço de delivery.

“A questão vai além do uso dos equipamentos. O que se observa nas ruas é um cenário recorrente de motos transitando na contramão, desrespeitando regras de circulação, avançando calçadas e colocando em risco pedestres, ciclistas e motoristas”, enfatizou Eduardo Rebuzzi.

Ao final da reunião, os conselheiros presentes foram diplomados para o biênio 2025/27.