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Conselheiros debatem impactos do Projeto Parque do Porto e desafios da EF-118

No encontro realizado dia 8 de maio, o Conselho Empresarial de Logística e Transporte da ACRJ abordou temas estratégicos para a infraestrutura do estado, como o Projeto Parque do Porto e a Ferrovia EF-118 (Rio/Vitória). A reunião foi conduzida pelo vice-presidente, Delmo Pinho.

O primeiro ponto discutido foi a análise crítica ao Projeto Parque do Porto, da Prefeitura do Rio, apresentado pelo conselheiro Eduardo Miguez, gerente de Negócios da Auroridade Portuária PortosRio. Segundo Miguez, a proposta da Prefeitura do Rio de Janeiro compromete a operação do Porto do Rio, especialmente no trecho do Cais da Gamboa, entre a Praça Mauá e o Canal do Mangue. O impacto seria direto também no suporte offshore à operação do Pré-Sal, que representa 80% das atividades da Petrobras na Bacia de Santos.

Eduardo Miguez (d.) analisou o projeto do Parque do Porto

Miguez destacou que o Cais da Gamboa, no Porto do Rio, já recebeu R$ 400 milhões em investimentos, gera cerca de 2.400 empregos diretos e indiretos, arrecada anualmente R$ 40 milhões em ISS e R$ 1 bilhão em ICMS/ano. “Trata-se de um ativo estratégico que não pode ser inviabilizado por projetos urbanos desconectados da realidade operacional do porto”, afirmou.

Na sequência, Delmo Pinho apresentou oportunidades e dificuldades técnicas e orçamentárias na construção integral da EF-118, ferrovia planejada para ligar a RMRJ Rio de Janeiro a partir de Nova Iguaçu, ao Açú,  Vitória, Santa Leopoldina, no entroncamento com a EFVM. Ele ressaltou a importância de consolidar o trecho Açu/Anchieta, que estará recebendo mais de 90% dos recursos para investimentos previstos pelo Governo Federal.

“Entendemos ser importante a construção integral da ferrovia, mas neste momento só há viabilidade técnica e econômica de se construir o trecho Açú até Anchieta, o que só está sendo viabilizado com aporte de recursos federais. Em paralelo, devemos atuar para viabilizar e preservar a faixa de domínio do trecho Açu/Nova Iguaçu, com vistas a futura implementação, quando houver disponibilidade orçamentária”, explicou. A reunião reforçou o posicionamento técnico do Conselho da ACRJ em defesa de soluções sustentáveis e alinhadas à vocação logística do Estado do Rio de Janeiro.

Delmo Pinho falou sobre a construção da ferrovia EF-118