O Conselho Empresarial de Varejo da ACRJ se reuniu nesta 5ª feira, 10 de abril, para debater os projetos previstos para o 2º semestre do ano. Na pauta do Conselho estão a produção de um livro contando histórias inspiradoras das marcas do varejo que compõem o Conselho e a realização do projeto Natal Solidário do Varejo. A reunião foi coordenada pelo presidente do Conselho, Juedir Viana Teixeira, e o vice, Ricardo Guinâncio.
Segundo o presidente do Conselho, Juedir Teixeira, este livro comemorativo, com o título “Conexões do Varejo: Histórias Inspiradoras das Marcas da ACRJ”´, vai resgatar as histórias das marcas que ajudaram a moldar o varejo no Rio de Janeiro. “Este projeto será mais do que um registro documental, será um tributo à força e resiliência das empresas que compõem o Conselho de Varejo, destacando suas trajetórias únicas, desafios superados e o impacto significativo na cidade do Rio de Janeiro”, disse.
O Natal Solidário, que no ano passado contou com a arrecadação de brinquedos e a campanha de doação de sangue, este ano será ampliada e coordenada pelo Conselho. “Vamos mobilizar empresários e profissionais unidos pelo desenvolvimento do ecossistema varejista do Rio de Janeiro em um movimento que vai promover a inclusão social e a sustentabilidade através de ações solidárias”, explicou Juedir, informando que em breve serão divulgados os detalhes do projeto e como as empresas poderão se engajar.
Na seção “História das Marcas”, o conselheiro Jaime Ribeiro, diretor de Expansão da Americanas, fez uma apresentação sobre a trajetória da empresa, que tem 95 anos de atuação no país, e está presente hoje em todas as regiões brasileiras com 1.600 lojas em mais de 800 cidades. Segundo o diretor, depois de um processo de recuperação judicial iniciado em 2023, a empresa começou sua reestruturação e acelera as mudanças, realizando o pagamento de credores, remodelando o sortimento de produtos e retomando o crescimento. Saiba mais aqui
Em outro item da pauta, o jovem empresário e conselheiro Victor Rocha apresentou o conceito do Lojaz, o primeiro Marketplace com delivery de moda do mundo que entrega o produto entre 30 e 60 minutos. A startup tem mais de 150 marcas cadastradas e cerca de 12 mil produtos no APP. “É um novo conceito de compra com entrega rápida e segura para quem vende e quem compra”, disse Victor. Saiba mais aqui
Os conselheiros também debateram os impactos das novas tarifas do governo Trump no varejo, analisando ameaças e oportunidades para o Brasil. O conselheiro Roberto Mathias fez um breve relato das últimas decisões do presidente dos EUA, Donald Trump, destacando que, atualmente, há uma desorganização geopolítica que impacta diretamente a cadeia global de suprimentos.
“Parte da produção está na Alemanha, parte em Taiwan, parte na China, e quando há instabilidade, o efeito é imediato para as grandes empresas. Se até gigantes como Apple e Motorola estão enfrentando incertezas, como o consumidor ou o varejo poderá planejar compras com confiança? Entraremos no ciclo de vendas pós-25 sem clareza sobre oferta, demanda ou intenção de consumo, o que trava o mercado”, explicou.
Mathias acrescentou que, apesar das incertezas, este momento pode ser uma oportunidade para o Brasil. “O país pode ampliar a produção de bens de menor rentabilidade com foco na exportação para os Estados Unidos, aproveitando eventuais reduções tarifárias, esta é uma estratégia viável e sem ônus político direto. Paralelamente, fortalecer a produção local é essencial para reduzir custos no varejo e garantir maior competitividade. No entanto, essa dinâmica depende de uma política industrial consistente e de longo prazo. Caso contrário, o risco é uma escassez global, e o Brasil perde por não enfrentar a realidade com a clareza necessária”, disse.