A ACRJ recebeu, nesta 6ª feira (24/1), o economista-chefe do BTG Pactual e ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, para um almoço com empresários. Ele falou sobre as perspectivas econômicas para o país e o impacto da nova administração americana na economia global. Mansueto Almeida foi recepcionado pelo presidente da Associação Comercial, Josier Vilar.
Participaram do encontro, o presidente do Conselho Superior da ACRJ, Ruy Barreto Filho; o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano; o diretor do BTG Pactual Luiz Eduardo Marinho, entre outros executivos de empresas públicas e privadas, integrantes dos governos municipal e estadual, empresários, grandes beneméritos, beneméritos e vice-presidentes da ACRJ.
Em sua palestra, Mansueto Almeida abordou diversos aspectos da economia brasileira, como o déficit hoje, o ajuste fiscal, a redução de despesa, os juros, e comentou também sobre as perspectivas econômicas como o novo governo que começa dos Estados Unidos.
“O Brasil não está em recessão, apesar dos juros altos e a previsão de crescimento menor para os próximos dois anos. Não estamos no cenário de 2015/2016, mas os setores que dependem de crédito devem sofrer. Teremos dois anos de ajustes, mas o consumo vai continuar crescendo”, explicou.
De acordo com ele, é preciso uma sinalização clara do governo sobre o que será feito para redução da despesa e a perspectiva de quando a dívida pública vai parar de crescer e começa a cair. E completou: “não faremos um ajuste fiscal de R$300 bilhões aumentando a carga tributária, porque a sociedade não vai aceitar qualquer aumento de imposto. Só vamos conseguir fazer reduzindo a despesa”.
O presidente da ACRJ, Josier Vilar, destacou a importância da análise feita pelo economista neste início de ano. “Ele faz uma leitura muito correta da situação de como o Brasil estava no passado, como está hoje e qual é a perspectiva da economia do nosso país. E ele enfatizou a necessidade de a sociedade civil e empresarial cobrar o ajuste fiscal do governo equilibrando receitas e despesas. O Brasil não pode continuar gastando mais do que arrecada e se endividando continuamente para cobrir seu déficit financeiro. O governo brasileiro precisa ganhar a confiança dos investidores e empresários fazendo os ajustes fiscais necessários” disse.
Sobre o papel dos empresários, da ACRJ e demais entidades setoriais, Josier Vilar disse ainda: “temos todos, empresários e sociedade civil, que pressionar os parlamentares para exigirem fortemente o ajuste fiscal, de uma forma prudente, razoável e progressiva, para que em 5 ou 10 anos, o Estado brasileiro possa ter dinheiro sobrando para investir no que é fundamental, que é a saúde, a educação, o transporte, a segurança, a habitação digna. São essas coisas que o Estado brasileiro tem que investir e que hoje não faz porque gasta mais do que arrecada”, enfatizou.
Acompanhe o encontro na íntegra no Canal ACRJ Divulga.








diretor executivo, Marcus Pinheiro, com Josier Vilar

Fotos: Raul Moreira