Por Robson Santos (*) – vice-presidente do Conselho Empresarial de Comunidades, Novos Negócios e Economia Solidária da ACRJ
A Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) celebra mais um marco histórico ao reconhecer a importância estratégica das comunidades cariocas na dinâmica econômica da cidade. O Rio de Janeiro, sendo a capital fluminense com o maior contingente populacional em favelas, apresenta números expressivos: quase 1,4 milhões de habitantes residem nessas áreas, representando 22% da população total da cidade, conforme o Censo de 2010 do IBGE.
Dados recentes revelam que quase 40% dos moradores de favelas no Rio de Janeiro possuem empreendimentos próprios, sendo a principal fonte de renda para 23% deles. Ainda mais significativo é o fato de que 22% daqueles que não possuem negócios próprios têm a intenção de empreender nos próximos 12 meses, evidenciando um potencial empreendedor latente, conforme apontado pelo Data Favela.
Diante dessa realidade, a ACRJ reconhece a necessidade de avançar para o futuro, incorporando a sustentabilidade como catalisador de transformações econômicas, sociais e ambientais. Em um cenário onde o tripé sustentável (econômico, humano e ambiental) ainda carece de robustez na realidade carioca, torna-se imperativo abraçar a colaboração entre favela e asfalto para posicionar o Rio de Janeiro como o melhor lugar do Brasil para se viver, visitar e investir.
Nesse contexto, a ACRJ lança o primeiro Conselho Empresarial de Comunidades, Novos Negócios e Economia Solidária da sua história. Esse conselho tem como missão proporcionar, estimular e promover meios para o desenvolvimento econômico do ecossistema de negócios em/com as comunidades, através do empreendedorismo e capacitação do capital humano das periferias cariocas.
Os benefícios são tangíveis e intangíveis tanto para dentro quanto para fora das comunidades. Pois, ao investir em negócios sustentáveis em áreas periféricas não apenas atende-se às demandas socioambientais, mas também se revela uma estratégia financeiramente sólida. Além de reduzir custos operacionais e mitigar riscos, a iniciativa contribui para a atração de talentos comprometidos com causas sociais. A colaboração entre empresas, academia e governo, respaldada por metas de desenvolvimento sustentável e responsabilidade social corporativa, posiciona o empreendedorismo e a capacitação profissional como soluções concretas para desafios de longa data, atrativos para o co-financiamento em prol do alcance das metas socioambientais dos negócios envolvidos. A ACRJ, ao liderar esse movimento, destaca-se como um agente de mudança positiva, construindo um futuro mais inclusivo e próspero para todos os cariocas. Saiba mais, procure o nosso conselho.
#paratodosverem Imagem criada com inteligência artificial mostra uma favela sustentável, com tetos verdes, placas de captação de energia solar nas lajes, torres para geração de energia eólica e grafites coloridos nas paredes das casas
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(*) Robson Santos é Empreendor social em série, bolsita por mérito da 7ª melhor escola de negócios do mundo e especialista em inovação para o impacto social e ESG.