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Modal ferroviário será prioridade na atuação do Conselho de Habitação e Desenvolvimento Urbano

A reunião mensal do Conselho Empresarial de Habitação e Desenvolvimento Urbano, realizada dia 6 de novembro, abordou a questão da mobilidade na cidade, com prioridade para o modal ferroviário, e o tema ambiental, com foco na recuperação e despoluição da baía de Guanabara. Os dois temas foram definidos pelos conselheiros como estratégicos para trazer mais qualidade para a região metropolitana da cidade e os cidadãos. De acordo com o presidente do Conselho, Sérgio Magalhães, o objetivo é ajudar a valorizar a cidade e conter a expansão da ocupação de novas áreas do território.

Em relação à mobilidade, priorizando o transporte ferroviário, os membros aprovaram as cinco diretrizes que vão nortear o trabalho do Conselho. São elas: transformar em metrô de superfície o trecho Central-Deodoro, servindo diretamente 24 bairros; incentivar o comércio e serviços no entorno ou acima das estações qualificadas; incentivar a construção de novas moradias na área de influência do ramal; melhorar o desenho urbano no entorno das estações, calçadas, ruas, arborização, praças e jardins; e integrar as polícias para garantir segurança nas proximidades das estações.

Sérgio Magalhães destacou que o Rio de Janeiro possui uma infraestrutura de transporte sobre trilhos que abrange a maior parte da cidade e atende cerca de 80% da população. Conforme dados da concessionária Supervia, apresentados na última reunião do Conselho, o sistema, que já chegou a transportar pouco mais de 1 milhão de pessoas por dia, faz cerca de 300 mil viagens diárias e responde por menos de 4% dos deslocamentos metropolitanos. “É um despropósito, principalmente se considerarmos que os trilhos passam por regiões consolidadas e bairros históricos, para os quais sua ineficiência acarreta desvalorização econômica e social”, disse Sérgio.

Segundo ele, é possível trabalhar esta questão em etapas, no pequeno e médio prazo, começando pelo trecho de maior demanda, o ramal Central do Brasil – Deodoro, até alcançar, paulatinamente, a maior parte do sistema. Este trecho, que será foco do trabalho do Conselho, abrange 24 bairros da cidade e conta com 22 estações. “É possível melhorar esse modal, dando-lhe condições contemporâneas, como sistema de alta capacidade do tipo metrô de superfície, com intervalos pequenos, ao invés de horários, sinalização adequada e estações modernizadas, recuperando seu prestígio junto aos usuários”, acredita.

A questão ambiental será debatida com mais profundidade na próxima reunião, no mês dezembro. No entanto, a subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Ana Asti, participou da reunião e destacou algumas ações do Governo do Estado nesta área. Ela mencionou o projeto Baía Reiventada, que prevê uma atuação com os munícipios que fazem arte da orla da baía. Neste tema, o presidente da ACRJ, Josier Vilar, presente na reunião, sugeriu uma reunião com a subsecretária e representantes das Associação Comerciais dos bairros e cidades que estão no entorno da Baía de Guanabara, que será agendada.