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Entidades do Rio formam GT para discutir 5G no estado

O Grupo de Trabalho que discutirá a implantação do 5G no Estado iniciou os trabalhos no dia 24 de março, durante uma palestra via Zoom realizada pelo superintendente de Outorgas e Recursos à Prestação da ANATEL, Vinicius Oliveira Caram Guimarães. O GT é formado por representantes da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado do Rio de Janeiro (AERJ) e da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

O presidente da ACRJ, José Antonio do Nascimento Brito, disse que foram duas as razões que levaram à formação do grupo: a importância do 5G para o desenvolvimento do país e da união de esforços para viabilizar sua implantação.

 “Outro objetivo fundamental nosso é fazer com que as coisas para implementação do 5G andem e que todos os municípios do nosso Estado criem uma legislação que permita esta tecnologia trafegar em suas cidades”, concluiu o presidente da ACRJ.

Vinícius Caram abriu sua palestra defendendo que conectividade e serviços digitais são pilares das vertentes econômicas. “Não existe crescimento econômico sem essa transformação digital”, garantiu o superintendente da Anatel.

O executivo informou ainda que, atualmente, mais de 20 milhões de pessoas no Rio de Janeiro fazem uso da telefonia móvel e 3,4 milhões têm acesso a banda larga fixa. Segundo ele, o compromisso de implantação da nova rede previsto em edital impõe às empresas de telecomunicação a instalação de uma estação rádio base (antena) de 5G para cada 10 mil habitantes.

O prazo para que isso ocorra nas capitais brasileiras vai até o último dia de julho de 2025, e que até o final de 2030 todas as localidades do país deverão contar com pelo menos uma antena de 5G.

“Ainda estamos tímidos e precisamos acreditar nesse avanço e nas novas inovações para as áreas de rádio difusão, e-commerce e tantos outros. Tudo isso que estou falando é crescimento econômico, é IDH é qualidade de vida”, disse Caram.

Na opinião da vice-presidente da ACRJ, Michelle Novaes, nada mais certo do que as entidades se unirem em prol do 5G para que cada vez mais rápido essa tecnologia possa chegar a todos os municípios do Rio.

O presidente do Conselho de Competitividade da Firjan, Felipe Meier, que também participou da reunião, informou que a entidade já vem trabalhando junto aos municípios do Rio para ajudar nos trâmites jurídicos para a viabilização do 5G. “Fizemos uma minuta e apresentamos a todos os municípios o que seria a Lei das Antenas. Se eles não tiverem essa lei atualizada, não conseguirão implementar o 5G”, alertou Meier.

“O 5G é uma nova fronteira da comunicação e o trabalho que estamos fazendo hoje é fundamental”, complementou o presidente em exercício da Firjan, Luiz Césio Caetano.

Caram também listou os compromissos de cobertura firmado pelas empresas de telecomunicações com o governo do Rio:

  • Todas as sedes municipais com 5G;
  • 14 sedes municipais com 4G ou tecnologia superior (todo RJ);
  • 45 localidades não sede com 5G;
  • 119 localidades não sede com 4G ou tecnologia superior;
  • 55 trechos de rodovias federais, totalizando 254 km (todas as rodovias federais).

“Com isso faremos a revolução digital, garantindo a conectividade a todos. O 5G permite o controle e compilamento de dados de forma descentralizada, tanto na parte restrita à indústria, mas também facilitando o controle de agentes de outros Estados. Hoje temos equipamentos da indústria funcionando 24h por dia controlados de forma automatizada. Também na medicina, no transporte e na educação”, ressaltou Caram. E concluiu: “O 5G não é a resposta em si, mas o início de um processo”.