O Conselho Empresarial de Educação da Associação Comercial do Rio de Janeiro se reuniu virtualmente, dia 23 de novembro, para assistir a palestra da conselheira Claudia Costin sobre “O futuro da Educação e o novo Ensino Médio”. Um dos grandes desafios para 2022 será a reforma desse segmento no país.
Segundo a conselheira, a reforma do ensino fará com que todos se reinventem, alunos, professores e familiares. Além disso, com a adoção das novas medidas, vão precisar se adaptar a uma carga horária diferente e a outras dinâmicas na formação do estudante.
Claudia Costin lembrou que, somados aos conteúdos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os alunos terão a opção de seguir os cinco itinerários formativos, que são: linguagens e tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias, ciências humanas e sociais aplicadas e formação técnica e profissional. Os itinerários informativos compõem “um conjunto de disciplinas, projetos, oficinas, núcleos de estudos, entre outras situações de trabalho, que os alunos terão como escolha ao chegar no ensino médio”, conforme o Ministério da Educação.
Ela explicou ainda sobre a importância do novo ensino médio, que vai conectar os jovens ao mercado de trabalho, a partir de qualificação técnica e com supervisão dos professores.
Durante a palestra, comentou sobre os novos objetivos para 2030 na área de educação, que visam “assegurar uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade, assim como promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos”.
A conselheira informou que, antes da pandemia e pelo SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica), somente 10,8% dos jovens do 3º ano do ensino médio aprenderam o suficiente em matemática e 37,1% em português. “A pandemia iluminou a desigualdade educacional”, ressaltou ao analisar os desafios que a educação brasileira vai enfrentar.
Claudia Costin adiantou que as tendências mundiais na área de educação são, entre outras: cultura digital e ensino híbrido, flexibilização dos currículos e interdisciplinaridade e protagonismo dos alunos, formando os jovens para a autonomia e para a cidadania global. Em relação aos professores, uma de suas tarefas será “ensinar a aprender a pensar e a aprender”.
No que diz respeito ao ambiente educacional, destacou que a escola não poderá ser excludente e nem tornar o aluno invisível, que tenha turno único e com professores dedicados exclusivamente a uma única unidade de educação.