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Segurança sanitária e certificações foram debatidas no Seminário Compliance na Saúde

As especialistas Márcia Rolim e Rosangela Catunda foram as convidadas do Seminário Compliance na Saúde, promovido pelo Conselho Empresarial de Governança e Compliance da ACRJ, realizado virtualmente dia 4 de junho. Na abertura do encontro, o presidente do Conselho Humberto Mota Filho, ressaltou a importância do tema, especialmente neste momento em que o Brasil e o mundo ainda enfrentam uma pandemia. “As áreas de economia e saúde devem trabalhar juntas e ambas devem ser protegidas”, disse.

Márcia é ex-subsecretária da Subvisa (Sebsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses) e atua na Confiance Segurança Sanitária, uma empresa de assessoria e desenvolvimento de projetos para promoção da qualidade de produtos e serviços, adequações às normas e procedimentos sanitários.

Segundo ela, esta pandemia trouxe perdas sem precedentes para o setor econômico, mas que é preciso segurança sanitária para retomar a vida normal. “Para voltar a um estabelecimento, os consumidores priorizam a segurança, antes mesmo das promoções. Precisamos trazer o consumidor de volta à vida normal sim, mas ele precisa se sentir seguro naquele ambiente”, afirmou. Marcia Rolim acrescentou que é fundamental para as empresas se diferenciarem no mercado, a implantação de novas estratégias que garantam compromisso ambiental, qualidade dos produtos e serviços e, principalmente, segurança sanitária.

Rosangela Catunda é a CEO da A4Quality, que atua com foco em organizações do setor de Saúde, e mostrou a importância das certificações para a melhoria da qualidade dos serviços das OPS (operadoras de saúde) no Brasil.

Ela apresentou dados comparando a situação hoje de hospitais, em relação a 2019. Hoje, 92,55% das empresas possuem Código de Conduta e 71,28% tem um profissional ou departamento de compliance. Há dois anos, esses dados chegavam a 88% e 55%, respectivamente.

As empresas que têm Comitê de Ética e Compliance também passaram de 81% em 2019 para 88,30% hoje. “Os números estão crescendo e melhorando, mas a mudança não é tão rápida. É uma questão de cultura dentro das organizações e vem muito do exemplo que é passado pelos gestores às suas equipes”, destacou.

Humberto Filho disse que as empresas de saúde suplementar têm um grande desafio pela frente e que a ACRJ pode ser um grande parceiro neste sentido. “A Associação Comercial pode atuar como hub para trabalhar nesta área de saúde, divulgando protocolos, soluções e o que existe de mais moderno no mercado para ajudar as empresas”, afirmou.