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Mais mulheres no mercado de trabalho aumentaria o PIB em até US$ 12 trilhões

A reunião virtual do Conselho Empresarial de Inovação, Comunicação e Tecnologia da ACRJ, dia 18/05, teve como palestrante a CEO da WE Impact, Lícia Souza, que apresentou a participação das mulheres na criação e desenvolvimento de startups. Lícia defendeu uma maior ocupação feminina no mercado de trabalho, afirmando que “as mulheres representam 50% da população e devem ter representatividade em lugares de tomada de decisão”.

De acordo com a CEO, uma maior participação feminina no mercado de trabalho em cargos de liderança geraria aumento de até US $12 trilhões no PIB global até 2025, levando em conta dados da McKinsey / Fórum Econômico Mundial. Segundo ela, em igualdade de gênero, o Brasil ocupa a 92ª posição entre 153 países.

A executiva comentou a importância das startups, ressaltando que elas são o primeiro estágio de desenvolvimento das grandes empresas do futuro; possuem altas taxas de crescimento; criam a maioria dos empregos novos; desenvolvem talentos e originam investimentos diretos.

Lícia Souza informou que mulheres e homens empreendem na mesma proporção, mas 12,5% das startups são fundadas e lideradas por mulheres. Do universo feminino que empreende, 54% fazem por necessidade. Já o percentual entre os homens é de 32%. As mulheres abrem mais negócios tradicionais, como restaurantes, salões de beleza e lojas, e pouco na área de tecnologia, o que corresponde a apenas 1,7% de atuação nesse mercado.

Outro dado levantado pela executiva da WE Impact, primeira venture builder dedicada a startups lideradas por mulheres, é que 59% dos brasileiros não se sentem muito confortáveis com uma mulher como CEO. Por outro lado, estudos (OIT / Boston Consulting Group) indicam que 75% das empresas têm resultados 20% melhores com mulheres na liderança.

“Fico triste com esse retorno que você deu e é uma coisa que realmente a gente precisa mudar”, destacou o presidente do Conselho, Alberto Blois. Ele lembrou que durante a faculdade tinham pouquíssimas mulheres na turma e, na época, se dizia que não era o perfil de mulher, ao se referir a participação feminina na área técnica.