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Presidente da Eletrobras fala de privatização e reestruturação da empresa durante palestra na ACRJ

“Reestruturação da Eletrobras e a Perspectiva e Importância da Privatização” foi o tema da palestra do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, na ACRJ durante o Almoço do Empresário, realizado nessa terça. 10 de dezembro. Na ocasião, Ferreira Junior disse que espera que o projeto de lei, que trata da privatização da Eletrobras, seja aprovado no Congresso no primeiro semestre de 2020.

Segundo ele, a ideia é oferecer novas ações da empresa ao mercado, reduzindo a participação do Governo. “O Governo vai ficar com menos de 51%. Ele não vai acompanhar o aumento de capital. Ele vai ficar com um enorme estoque, uns 45%”, afirmou Ferreira Junior sobre a eventual privatização da companhia. 

De acordo com o presidente da Eletrobras, a privatização não vai abranger a Eletronuclear, controladora das usinas de Angra 1, 2 e 3 e a Itaipu Binacional, já que por razões constitucionais ficarão com a União.

O executivo informou que, com a eventual privatização, a empresa pode focar na América Latina. “A Eletrobras, no momento em que for privada, deve olhar para a América Latina como uma região onde ela tem características distintas para investir”, acrescentou.

Ao longo da palestra, o presidente da companhia ressaltou que nos últimos três anos, a Eletrobras reduziu custos em 40% e conseguiu concluir todas as obras, como exemplo, Belo Monte. Ferreira Junior disse que irá colocar em operação 250 MW (megawatts) de parques eólicos até janeiro de 2020, por meio das subsidiárias Furnas e Chesf.

Na ACRJ, Ferreira Junior foi recebido pela presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Angela Costa, que lembrou a importância da companhia. “A Eletrobras é líder na transmissão, com aproximadamente metade do total de linhas em sua rede básica, de alta e extra-alta tensão. Além das subsidiárias, como a Chesf, a Eletronorte e Furnas, ela detém metade do capital da Itaipu Binacional. E também controla a Eletronuclear, responsável pelas usinas de Angra dos Reis”, disse.

Conforme Angela Costa, “o desafio do engenheiro Wilson Ferreira Junior é exatamente pavimentar o caminho para a privatização desse colosso estatal. Sabe-se que o tema é polêmico e desperta debates acalorados, como tudo que envolve a privatização de grandes estatais em nosso país”.