O Conselho Empresarial de Meio Ambiente e Mudança do Clima da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) promoveu na tarde desta quarta-feira, dia 19, um debate sobre a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), um dos temas mais enfatizados na corrida eleitoral para governo do Rio de Janeiro. Foram convidadas figuras importantes para discutir a segurança hídrica no estado: Jorge Luiz Ferreira Briar, diretor presidente da Cedae; Rosane Coelho da Costa, coordenadora de projetos da Fundação Getúlio Vargas; Antônio Gil Padilha Silveira, diretor executivo da área de Saneamento, Infraestruturas e Negócios da Caixa Econômica Federal; Marilene Ramos, que foi diretora da Área de Energia, Gestão Pública e Socioambiental e Saneamento e Transporte no BNDES; além da presidente do conselho da ACRJ, Izabella Mônica Vieira Teixeira, que foi ministra do Meio Ambiente, entre abril de 2010 e de maio de 2016.
A coordenadora da FGV, Roseane da Costa levou dados da Cedae no contexto da segurança hídrica e da universalização dos serviços: dos 92 municípios do Estado, a empresa opera em 64 deles para abastecimento de água e em 32 no esgotamento sanitário. “Já tivemos um técnico assassinado quando tentou ler um domicílio. Temos reflexos da atual situação de insegurança em qualquer modelo de gestão de operação. Se não conseguimos ler, não é possível cobrar, medir ou atuar para maximizar a prestação de serviço”, alertou, sobre a questão da segurança pública. Já o representante da Caixa Econômica Federal, Antônio Gil, comentou sobre a ocupação da área informal. “É impossível o desenvolvimento de uma tecnologia que, em curso, evite o acesso de água em área informal e, depois, siga abastecendo as áreas legais. A água passa ali e vai abastecer a comunidade. E tem que abastecer, porque isso é uma questão de saúde pública”, comentou.
Sobre a decisão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que aprovou nesta terça-feira emenda que proíbe a privatização da Cedae, o diretor presidente da empresa foi sucinto. “A decisão da Alerj é política e vamos enxergar a repercussão mais à frente. Não tenho nem muito o que falar sobre isso. Em contrapartida, temos o desafio de desenvolver a empresa, temos capacidade de ter R$3,4 bilhões em andamento, assumindo obras pendentes do governo do estado em saneamento e completá-las com recurso próprio. O que esperamos é desenvolver a companhia para que dispute mercado e cumpra com seu papel social e econômico”, avaliou.
Textual Comunicação
Assessoria de Imprensa da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ)